segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Poesia Primordial

Estrofes Primordiais

 Antonio Carlos Rocha

Oterá é Templo
Japonês em Itaguaí
Hoshôji é o Nome
Fique Bem, aqui.

Lá se aprende Buda
Budismo Primordial
Caminho: Darma
Isso é Fundamental.

Mestre Nissen
Foi Fundador
HBS querida
Sanga de Amor.

Odoshi Correa
Pré-Pontífice
Orientador ótimo
Perfeito artífice.

No Rio, o bispo
Amigo Jyunshô
Fale com ele
Mande um alô.

domingo, 30 de agosto de 2015

Poesias Budistas



Estrofes Búdicas Populares – 2


Bodhisatva Manjusri
Peço Permissão
Todo dia fazer rima
Uma prece, oração.


- 30/08/2015 = 21:05 horas.

sábado, 29 de agosto de 2015

Monge Budista em Guaiçara, SP.



“Causos” de um Peregrino Budista


Antonio Carlos Claro*


Tenho atualmente 75 anos (13/06/1940), e quando eu tinha uns nove anos, ou talvez menos, na época em que o atual Templo Budista Taissenji estava sendo transferido de Guaiçara para Lins, SP, conheci o Sr. Tomojiro Ibaragui.

Havia uma pequena oficina de carros ao lado do Clube Comercial, de propriedade do Sr. Arthur Cúppari e num domingo o Sr. Tomojiro apareceu por lá. 

Tomojiro conhecia o Sr. Arthur e tinha vindo encabar uma enxada, pedindo para usar a morsa e o esmerilho da oficina. Eu estava tentando fazer um carrinho de rolimãs e tive a feliz oportunidade de falar com aquele homem. 

Fazer um carrinho com rodas de rolimãs era o que todo moleque almejava naqueles tempos para descer “voando” as ruas.  

Eu estava eufórico por ter conseguido a última das quatro rolimãs que faltavam para montar o carrinho e me lembro muito bem daquele domingo tão especial.  Enquanto eu montava o meu “Fordão”, (cada criança dava um nome para estes carrinhos) via o “Seu” Tomojiro amolando a enxada  depois de encabada, e o que mais me chamou a atenção, talvez por ser ainda uma criança, foram suas mãos enormes que trabalhavam com uma suavidade e firmeza impressionante no aço, e na madeira do cabo da enxada. 

Uma criança, entre os 7 aos 10 anos de idade começa a observar o mundo em seus pequenos detalhes, e como eu estava no chão montando meu “Fordão”, olhando para cima percebi que “Seu” Tomojiro olhava com absoluta concentração cada detalhe do que ele estava fazendo. 

Parecia que ele não estava amolando uma enxada, mas realizando uma obra de arte. Depois fiquei sabendo que ele estava encabando a enxada para o “Seu” Dito Bráz, um negro muito estimado na cidade, forte como um touro, mas tinha uma alma de criança e era analfabeto.    
Meu tio Miguel, filho do Sr. Arthur me falou mais sobre o Sr. Tomojiro, e fiquei sabendo que ele era um missionário, um religioso vindo do Japão, “parecia um trator trabalhando”, exagerava meu tio no seu comentário. Apesar de ser uma criança, ou por causa disso mesmo, eu nunca mais esqueci daquele homem.

 Havia algo diferente nele, algo de bom que eu não sabia definir.
Dona Nina, esposa do Sr. Arthur Cúpari me disse que ele era um Padre Budista que morava em Guaiçara, e seria o Pároco de um Templo que estavam reformando em Lins. Da. Nina era católica praticante e falava usando o linguajar da Igreja Católica, para descrever quem era o Sr. Tomojiro. 

Relembrando estes fatos, não tenho dúvidas que o Monge Ibaragui estava fazendo um trabalho missionário de conversão ao Budismo em Dona Nina, pois ela falava “defendendo” o Dharma, ou melhor: exaltando a religião do “Seu” Tomojiro.

Eu era uma criança e meu tio percebendo que eu havia me impressionado com o Sr. Tomojiro, procurou aguçar ainda mais minha curiosidade com pilhérias, dizendo que Tomojiro sabia uma reza que fazia chover, com ou sem relâmpagos, que ele entendia a língua dos animais, principalmente a língua dos pássaros etc, e apesar de saber que meu tio estava brincando, eu fiquei ainda mais curioso com aquele peregrino que tinha cruzado o mar, fazendo hortas e principalmente plantando sementes... sementes da flor do Lótus do Budismo.


(*) Toninho Claro, 75 anos, mora em Lins, SP.

- Ibaragui Nissui (1886-1971), foi o primeiro monge budista a pisar em solo brasileiro, veio com o primeiro navio japonês Kasato Maru, em 1908, trazendo imigrantes.


sexta-feira, 28 de agosto de 2015

domingo, 23 de agosto de 2015

A Força do Mantra do Sutra Lótus



“Bom dia, senhor Namu Myoho”




 O sr. Lee estava preso acusado de matar sua mulher e um júri popular o condenou a morte por enforcamento. Lee, seria enforcado na “Praça Central”  da cidade no dia 23 de fevereiro de 1885.

Há muitos anos passados, quando Lee ainda era bem jovem ele havia trabalhado  no navio Empress of India. Na tripulação haviam canadenses, alemães e apenas um japonês chamado Tanaka, natural de Yokohama, especialista em blindagem hidraulica em navios. Numa noite de tempestades intensas o jovem Lee foi jogado ao mar e foi salvo pelo japonês. Desde então se tornaram mais do que amigos de bordo: eram como irmãos. Tanaka era um budista da linha Mahaiana e Lee  se converteu ao budismo. Depois que voltou ao Japão, Tanaka enviou um oratório e  o pergaminho ao amigo inglês, e Lee foi fiel durante mais de 20 anos fazendo suas orações na frente do Oratório e estudando a Sutra de Lótus, do Buda Sakiamuni. Na pequena cela onde esperava a morte, Lee recitava sem parar a “reza” dos devotos desfiando seu terço de 72 contas. O carrasco noturno era um homem sem a menor consideração para com o apenado, era cínico e procurava ofender e humilhar ainda mais os presos. Ele ouvia o sr. Lee recitar o “terço” budista (Juzu) e toda manhã, quando vinha trazer uma caneca de café e um pão seco, costumava zombar de Lee e de sua religião, saudando-o com uma alegria debochada e hilariante, dizendo:

“Bom dia, senhor Namu Myoho; tá chegando o dia de por a corda no seu pescoço!”

Quando chegou o dia anterior da execução Lee se mostrava tão seguro e sereno que o funcionário encarregado de conduzir Lee para o patíbulo no outro dia, ficou surpreso. O preso, neste seu penúltimo dia de vida tinha direito a um último pedido, que seria ou não aceito. Lee pediu ao funcionário para trazerem seu oratório para a cela, pois ele desejava recitar a oração em frente do pergaminho na última noite que lhe restava de vida.  O tempo havia passado depressa, hoje o Sr. Tanaka era um Monge Budista no Japão e mantinha correspondência permanente com Lee, desde o Japão, encorajando-o e lhe dando esperança. Tanaka era seu único contato na prisão, foi Tanaka que enviara o Oratório para o sr. Lee, e por isso o pedido foi aceito  e trouxeram o oratório para a cela.

No outro dia, as 6 horas da manhã o funcionário responsável pelo enforcamento entrou na cela e viu o sr. Lee sentado no chão, com as pernas cruzadas na “posição do Lótus” na frente do Oratório, com as mãos unidas na altura do peito, o terço entre seus dedos e o Oratório colocado em cima do banco tosco de cimento que era o único utensílio na cela, servindo como base para o Oratório. O funcionário respeitosamente esperou o apenado se levantar. Lee agia de forma natural, como uma pessoa que vai tomar seu café da manhã e depois ler o jornal. Sorriu para o funcionário e agradeceu  por não ter sido interrompido enquanto orava.

Lee saiu da cela caminhando com a cabeça erguida, atravessou o pátio da prisão passando entre o grupo de testemunhas da execução, entre eles alguns jornalistas e advogados e sua calma e naturalidade causava espanto e admiração entre as testemunhas.

A praça era ampla, mas os habitantes de Exeter, a maioria agricultores não queriam aquela forca na cidade e a maioria das pessoas que estavam na praça tinham vindo de outras cidades próximas para assistirem a execução. Lee estava em cima do alçapão com a corda no pescoço, as mãos amarradas para trás, mas segurava o terço e continuava orando. O carrasco estava em baixo do tablado, ao lado da alavanca que puxada liberava a trava. Era um veterano que já tinha puxado alavancas em várias cidades dezenas de vezes. Estava acostumado, quando puxava a alavanca a ver o corpo do condenado descer rápido e parar com um baque brusco com a corda retesada no pescoço. O Meretíssimo Juíz da execução levantou o braço direito com a palma da mão aberta, e o carrasco se aproximou mais da alavanca. O Juíz fechou a mão, o carrasco estendeu o braço e segurou firme na alavanca, o Juíz baixou o braço, o carrasco puxou a alavanca, mas... o alçapão não se abriu. Lee continuava em pé sobre o alçapão e as pessoas que se encontravam mais perto do tablado ouviram sua oração ecoando na praça: “Namu-Myoho-Rengue-Kyo”-“Namu-Myoho-Rengue-Kyo” – Namu-Myoho-ren...".

A confusão foi geral. As pessoas da cidade que já não queriam aquela forca na praça começaram a gritar contra os responsáveis pela execução, e alguns diziam: “Não abriu; ele é inocente, estão vendo?” – “È a justiça divina”, diziam outros... Mandaram levar Lee de volta para a cela o mais rápido possível, pois o povo começou a ofender o próprio juiz da execução, com palavras de baixo calão.

Os responsáveis pela execução se reuniram agitados sem entender o que tinha ocorrido. Era a primeira vez, em centenas de anos de execuções que o alçapão não se abrira. Todos os pátibulos de execução da Inglaterra eram iguais. Os técnicos examinaram a alavanca, a trava, o alçapão...
Não havia nada de errado: Tinha de ter funcionado! Chamaram um marceneiro e mandaram ele desbastar as beiradas do alçapão e engrachar as dobradiças, mas o marceneiro disse que aquilo era ridículo, mesmo sem o peso de uma pessoa, o alçapão se abria livremente. O alçapão deveria ter funcionado.
Lee voltou para a cela com um sentimento de gratidão no coração e a mesma oração nos lábios. Estava muito feliz, pois agora poderia ler algumas cartas do seu amigo Tanaka. As cartas em Exeter eram entregues a cada 15 dias e justamente na noite anterior á execução lhe entregaram a correspondência, mas não havia luz na cela.

Ficou determinado pela comissão da execução que Lee seria enforcado em três dias. O carrasco era o que mais estava assustado e parou de zombar do sr. Lee, chamado-o de “Senhor Namu Myoho” e quando ele ouvia o sr. Lee recitando sua oração dentro da cela, um califrio percorria sua espinha de alto á baixo.
No dia da execução a mesma observância: Lee passando pelas testemunhas no pátio, Lee subindo na plataforma do patíbulo, Lee em cima do alçapão com a corda no pescoço. A diferença estava na multidão que havia na Praça. A notícia de que o alçapão não se abriu correu de boca em boca e alguns jornais noticiaram de forma alarmante e sensacionalista o fato do alçapão “se recusar a abrir” porque o condenado não parava de rezar.
A Praça estava tomada pela multidão que comentavam animados o fato ocorrido há três dias, tudo estava pronto e o Juíz levantou o braço direito com a mão aberta, fechou o punho, como quem vai desferir um murro, o carrasco segurou firme na alavanca do alçapão, o Juíz baixou o braço e o carrasco puxou com força desnecessária a alavanca... e, outra vez o alçapão não abriu. Lee, continuava tranquilamente a recitar sua oração, parado como uma estátua em cima do alçapão: “Namu-Myoho-Rengue-Kio” – “Namu-Myoho-Rengue-Kyo” – Namu-Myoho-Ren...”

A confusão na Praça Central de Exeter era tamanha que chegaram a derrubar a mesa do Juíz da execução, e quase agrediram o carrasco. Lee voltou para a cela e continuou sua oração em frente ao Oratório, indiferente ao ocorrido.
No tempo entre uma execução e outra, um jornalista entrevistou um lavrador que morava perto das terras do sr. Lee, e ele afirmava que no mesmo dia que a esposa do sr. Lee tinha sido estrangulada, um homem desconhecido na região tinha invadido sua casa e tentara agredir sua filha. Por sorte este lavrador estava com o machado na mão rachando lenha e conseguiu enxotar o agressor. Este jornalista tentou um contato com uma autoridade superior da Corte Suprema para revisarem o processo contra Lee, mas não obteve sucesso.
O advogado de Lee, fornecido gratuitamente pelo Condado de Exeter estava buscando provas que mostravam claramente que Lee era inocente, e gastava dinheiro do próprio bolso para pagar investigações conclussivas, mostrando a inocência de seu cliente.

À noite na prisão um fato inusitado ocorreu: o carrasco mudara completamente sua maneira rude e provocativa de tratar os presos. Era solícito e agora respeitava os direitos dos apenados chegando até a admirar o sr. Lee. Naquela noite ele parou na frente da porta da cela e pediu desculpas ao sr. Lee. Então, humildemente pediu ao sr. Lee para aceitar algumas frutas que ele tinha colhido no pomar de um amigo, para que o sr. Lee colocasse as frutas no Oratório. Lee disse ao carrasco que compreendia as dificuldades que ele enfrentava por ter escolhido uma profissão tão dolorosa, e colocou as frutas na frente do Oratório, em cima do banco tosco de cimento.

*** Por mais duas vezes John Lee subiu ao patíbulo para ser enforcado, mas o alçapão não abria quando a alavanca era acionada. Era a quarta tentativa de enforcarem Lee.

O assunto passou então a ser tratado pela alçada da Câmara dos Comuns da Inglaterra, que pela primeira vez na história concluiram que o reu não deveria mais receber aquela pena, sendo a sentença comutada para prisão perpétua. Mas nem isto conseguiram: 22 anos depois, em setembro de 1907 o sr. John Lee foi solto. Os jornais da época deram grande destaque ao fato e o semanário “Lloyds Weekly” estampou na primeira página uma manchete, entrevistando algumas testemunhas que tinham participado da “inusitada execução” do sr. Lee, ocorrida em 1885.

Em um livro “Wilds Talents” o escritor Charles Fort comenta a história fantástica do sr. John Lee e afirma que: “a única explicação plausível para o alçapão não abrir, era a inocência do condenado!”, e sem dúvida a oração cheia de fé que o sr. Lee recitava, ouso acrescentar.

História verídica,  por Toninho Claro (75 anos) – Lins, SP.




  







sábado, 15 de agosto de 2015

Literatura Oral Primordial



O Gavião e a Pomba Rola


(Histórias que contam do monge peregrino Ibaragui, primeiro sacerdote que divulgou o Budismo no Brasil) 


Conta-se que por volta de 1950 o Monge Ibaragui caminhava por uma estrada batida de terra, indo em direção a Lins, SP. Já perto da cidade, onde o caminho fazia uma curva e o espaço era mais aberto, uma Pomba Rola pousou em sua frente. A pequena ave parecia estar exausta e muito assustada, e sem a menor cerimônia foi logo explicando seu drama, falando muito rápido e tropeçando nas palavras:

--- Ibaragui, “pelamordideus” me ajuda. O Gavião Carijó quer me comer. 

Disse a ave e foi logo pulando no peito do Monge e se enfiando para dentro do paletó dele. Mal acabara de se esconder, o Gavião “aterrisou” na frente do Missionário com cara de poucos amigos, e foi direto ao assunto falando desafiadoramente: 

---Devolva a minha presa, Ibaragui, você a aprisionou.
Ibaragui tentou argumentar, procurando ganhar algum tempo e enrolar o Gavião: 

---Presa, aprisionar... quão tristes soam estas palavras aos meus ouvidos, oh nobre ave de rapina... 

Mas o Gavião não era bobo nem nada, e disparou contra o Monge: 

---Sem filosofia budista e sem bajulação, como fazem os outros humanos teus irmãos. A Pomba é minha. Eu a estou perseguindo faz mais de 2 horas. Ela já estava sem forças para voar, e você tá querendo me enrolar, Ibaragui. 

O Mestre percebeu logo que com aquela ave não haveria diálogo e resolveu engrossar: 

---Não te darei a Rola, gavião. Ela é minha agora e eu sou o seu refúgio. A vida dela neste momento está em minhas mãos. Ela me solicitou ajuda e se acolheu em meu peito. E completou, serenamente:

Portanto vamos resolver esta questão de forma civilizada, com um diálogo franco, pois nós três temos um problema para ser resolvido. 

---Só me faltava esta; um budista metido a protetor de pombas – lamentou o Gavião. 

---Ibaragui, olhe bem para minhas penas. Eu sou uma ave, um Gavião. Minha natureza é caçar e meus antepassados comiam Pombas Rolas desde que o mundo é mundo e você está com meu almoço dentro do teu paletó. 

---Espere! Veja bem Carijó. Esta avezinha não pesa nem 50 gramas. Eu vou até a cidade e na volta me comprometo a te trazer um bife suculento e macio de quase meio quilo. 

---Nada feito. Então eu quero um frango inteiro quando você voltar... respondeu o Gavião. Ibaragui resolveu concordar para salvar a vida da avezinha, mas o Gavião começou a exigir um frango vivo. 

---Ora essa, Gavião. Isso seria trocar 6 por meia dúzia. Você mataria o Frango para comer e eu seria o carrasco, respondeu o Mestre. 

Depois de muito negociar Ibaragui conseguiu convencer o Gavião a aceitar um quilo de sardinhas, e deixar a Pomba Rola em paz. 

Em Lins, Ibaragui foi na Peixaria Atlântica, comprou o quilo de sardinha para o Gavião Carijó e ficou tudo resolvido.

O fato curioso é que na cidade as pessoas viam um japonês andando pelas ruas com uma Pomba Rola encarapitada em seu ombro, e ele conversava com a Pomba em japonês, o que deixava as pessoas mais encabuladas ainda. A Pomba Rola nunca mais largou do Monge Ibaragui, e as crias de Pombas Rolas que hoje sobrevoam o Templo Taissenji aqui em Lins são ancestrais diretas daquela pequena Pomba Rola salva pelo Monge Ubaragui naquela estradinha de terra batida, que vinha de Guaiçara para Lins. 

Esta estradinha de terra batida em que o Mestre Ibaragui tantas vezes caminhou indo ou vindo de Guaiçara para Lins, existe até hoje e segue serpenteando pelo mato, próxima a moderna via asfaltada construída posteriormente. 

(Toninho Claro - Lins, SP) é um sr. com 75 anos de idade que nos enviou esta história e outra que iremos publicar mais adiante.