quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Literatura Hindu



Mandela e a Bhagavad Gita


Na equipe de advogados que cuidava do prisioneiro Nelson Mandela havia um indiano devoto da Consciência de Krishna. Certa feita ele presenteou Nelson com um exemplar da Escritura Hindu Bhagavad Gita (A Canção do Senhor).

Convém lembrar que é grande na África do Sul, a presença de imigrantes indianos e seus descendentes.

Mandela lia com freqüência do Texto Sagrado Hindu e gostava muito. Tanto é que, ao ser libertado e depois eleito Presidente da República, um dos seus atos oficiais foi visitar o Templo Hare Krishna, em Joannesburgo, como forma de gratidão pelas leituras e reflexões que o acompanharam atrás das grades.

Quem revelou isto hoje, pela manhã, 19/12/13, foi a praticante Raga Bhumi, da ISKon, Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna, no Largo da Carioca, Rio, durante uma cerimônia que, ecumenicamente, reuniu diversos representantes religiosos, em homenagem a Nelson Mandela. Estavam presentes entre outros, o Secretário de Meio Ambiente do RJ, Carlos Minc, que apresentou a maquete de um Parque Municipal para acolher a população e representantes do cultos afro-brasileiros em suas oferendas.

O evento foi uma promoção da CCIR – Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, coordenada pelo interlocutor, Babalawô Ivanir dos Santos; Graça, do MIR/Koinonia – Movimento Inter-Religioso.

Mãe Fátima Damas cantou o Hino da Umbanda. Frei Tatá, franciscano, lembrou que o evento era na frente do Convento de Santo Antonio, secular casa de oração.

Reverendo Daniel, da Igreja Episcopal Anglicana também falou sobre a importância da Paz, da Fraternidade e do Amor ao Próximo.

Harry, representante da Comunidade Judaica também falou palavras de incentivo ao momento.

Além de muitas outras correntes religiosas queremos registrar o representante dos ICAMALÊS – Pretos Iorubás Islamizados que relatou agressão racista que sofreu recentemente, em um supermercado, estando o fato registrado em delegacia e que será encaminhado ao Ministério Público.

Encerrando o ato público, o deputado Carlos Minc solidarizou-se com o religioso que sofreu a agressão, esclarecendo que a luta de todos nós é por um Brasil melhor.


domingo, 8 de dezembro de 2013

Memórias Inter-Religiosas




Antão e o Deserto

Eu estudava no STPRJ – Seminário Teológico Presbiteriano do Rio de Janeiro e ganhei de presente o livro “O Cajado do Pastor”, um volume parecido com o formato Bíblia, contendo mais de mil páginas. São lições preciosas e importantes para todo aquele que quer conhecer um pouco mais do fascinante mundo literário da Teologia e da Bíblia.

O autor desta magnífica obra é o teólogo Ralph Mahoney, que dirige a instituição World Map, sede nos Estados Unidos. A minha edição foi impressa na Índia e eu fiquei feliz, primeiro porque sempre gostei de ler e estudar, depois por que o volume vinha da Ásia, região que muito admiro com as suas filosofias.

No capítulo “Os Sinais e Maravilhas na História da Igreja” fiquei mais feliz ainda quando li a referência sobre Antonio (251-356), o egípcio que na Igreja Ortodoxa ficou conhecido como Santo Antão, era um dos padres do Deserto. Fazia curas, milagres e “trabalhava com o sobrenatural”, vivia como um eremita, um anacoreta, durou 105 anos de uma abençoada existência. Criou a ordem dos Antoninos ou Antoniana.

Mahoney é um pentecostal clássico, histórico, acadêmico, fala ainda de outros santos católicos e lá adiante encontro o verbete elogioso (claro, não poderia ser diferente) São Francisco de Assis, sua vida, sua obra, suas curas, seus milagres.

Durante alguns anos, a protestante editora Betânia, de Belo Horizonte, publicou uma revista, muito boa, dirigida por Ralph, para treinamento de líderes e executivos.

É um livro imprescindível, desses que a gente guarda e vez por outra consulta, relê e saboreia os ensinamentos