domingo, 29 de setembro de 2013

O Inferno da Mentira



O Inferno da Mentira

“Havia no tempo de Buda um praticante muito devoto, tinha muita fé. Quanto mais meditava mais percebia que os poderes que o Senhor Buda emanava, qualquer pessoa também podia adquirir e desfrutar, desde que seguisse o Caminho.

Certo dia, a mãe deste praticante faleceu. Tempos depois, o devoto lembrou-se de que, se estava na Senda, certamente teria os poderes de Sakyamuni e munido com esta fé, imaginou que a mãe estava no mais alto dos céus, iria pessoalmente conversar com ela, da mesma forma que o Mestre conversava  com a mãe Rainha Mahamaya.

Falou com o Buda, pediu autorização e foi logo ao mais sublime céu, lá no mais alto, entretanto... para surpresa... viu que a mãe não estava... e assim foi descendo na escala dos céus até o mais baixo... são planos espirituais onde residem os espíritos...

Chegou a linha limite dos infernos. Parou e voltou para conversar com o Buda. Buda lhe ensinou como fazer, autorizou novamente. Explicou que a mãe do praticante sempre cuidou do filho muito bem, mas mentia bastante, enganava muita gente, embromava, enrolava, trapaceava e mesmo uma mentirinha de nada é uma energia negativa.

E o devoto, completamente desapontado, foi descendo até que em dado momento chegou a um determinado plano: Inferno da Mentira e encontrou a mãe.

Abraçaram-se, choraram e através da poderosa Energia Búdica da Compaixão ela foi resgatada para um plano melhor, onde iria ser tratada e educada conforme os ensinamentos do Darma Sagrado, onde um dos preceitos e não mentir jamais. E se por alguma fraqueza mentir, corrigir logo mediante as práticas espirituais, sanando o débito e zerando a tal mentira.

Diz o texto sagrado do Mahayana que a mãe do devoto ficou tão feliz que saiu do Inferno dançando.

É e por isso, que até hoje, nos ritos fúnebres do Japão, existe a chamada “Dança de Obon” = cerimônia budista.
Aliás, o grande cineasta japonês Akira Kurosawa começa um de seus últimos filmes com as cenas de um rito fúnebre onde os participantes do sepultamento vão dançando.

Moral da História: mesmo que você vá para o Inferno, fique tranqüilo, o Buda vai lhe tirar de lá. Claro... você tem que fazer a sua parte... estudando e praticando, portanto...relaxe e medite.

Esta história nos foi contada ontem, 28/09/13, pelo sacerdote da HBS, Jyunshô Yoshikawa, no núcleo do RJ, em São Cristóvão, durante a reunião mensal. Residência de Izumi Beltrão, presidenta da Oterá (templo) de Itaguaí, RJ.

Parabéns à sra. presidente, recém eleita. Gratidão ao monge Jyunshô pela aula e cerimônia, cumprimentos aos presentes naquela tarde fraterna.

Entre outros presentes: a menina Momoe, de três anos; e Erik, de um ano... filhos do jovem Yoshikawa.






domingo, 8 de setembro de 2013

Budismo Primordial na Orla Marítima



HBS em Copacabana

Hoje, desde às 8 horas e até às 15 horas, 200 fiéis da HBS participaram da 6ª Caminhada contra a Intolerância Religiosa.

Estavam presentes representantes dos seguintes templos: Taissenji (Lins-SP), Catedral Nikkyoji (SP-Capital), Ryushoji (Mogi das Cruzes-SP), Nissenji (Presidente Prudente – SP), Hompoji (Londrina (PR), Hoshoji (Itaguaí-RJ), Butsuryuji (Taubaté-SP), Honmyoji (Sarandi-PR), Rentokuji (Campinas-SP), Nyorenji  (Curitiba-PR).

Juntamente com religiosos de outras denominações, a previsão de público passou de 200 mil pessoas.

Coordenados pelo Arcebispo do Brasil, Odoshi Correa e o bispo Jyunsho, de Itaguaí, nossa participação terminou com um culto nas areias, todos entoando Odaimouku.


quinta-feira, 5 de setembro de 2013

domingo, 1 de setembro de 2013

Primeira Estrofe do Sutra Lótus



Capítulo 1

“Por que, ó Manjushri, esse raio de luz.
Difundindo seu resplendor,
Foi emitido pelo Guia dos Homens
Desde o círculo de pelos entre suas sobrancelhas
- esse único raio de luz?”*

Os capítulos do Sutra Lótus no início tem um texto em prosa, e depois os versos. Um confirma o outro, um explica o outro. Esta repetição permite melhor a fixação, possibilita que o devoto grave o ensinamento.

Manjushri é o Bodhisatva da Sabedoria, simboliza o leitor, o praticante, o aprendiz, somos todos bodhisatvas no caminho da iluminação, da sabedoria, do aprendizado.

O raio de luz significa que as energias de bênçãos do Senhor Budddha está onde nós estivermos, no plano físico visível e nos demais planos invisíveis.

O texto em prosa declara que a partir deste fato todas as coisas tornaram-se esclarecidas.

O foco de luz que sai da “terceira visão” do Mestre Buddha ilumina todo o cosmos, não apenas a Terra, mas todos os planetas e longínquas galáxias com seus milhares de corpos celestiais, impossível de se contar, de se mensurar, de se medir.

Este foco de luz quer dizer que nós podemos e devemos desfrutar das muitas bênçãos advindas deste raio de luz, único porque é perene. Eterno, infinito. Esta Luz sempre existiu e vai existir sempre.

Portanto, mentalize-a, visualize-a, fale com ela, agradeça, medite, ore, entoe preces e mantras, converse com ela. É a luz do Criador, do Buddha Primordial.

(*) Edição em português, publicada nos Estados Unidos, por Editorial Primordia.  Tradução com o apoio da linhagem budista japonesa Reiyukai, 624 páginas.