segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Obáku Zen e a PL

No ótimo livro Vida: Isto é Arte, de Tokuchika Miki, o Segundo Fundador da PL – Perfeita Liberdade, encontramos na página 178, com direito a foto, inclusive, a cerimônia em que o Patriarca Miki participou juntamente com os monges do Templo do Anjo, da linhagem Obáku Zen, em memória de seu pai, que foi o monge-chefe-responsável por esse templo na juventude e depois o Primeiro Fundador da PL, Tokuharu Miki.

Tokuharu tinha a saúde muito debilitada e foi curado por Mestre Kanada, que era um yamabushi, um asceta das montanhas, devoto de Kukai, o grande patriarca do Budismo Esotérico Shingon.

Foi nesse quadro que Tokuchika Miki, já falecido, se criou. E depois sucedeu o pai no patriarcado da PL, hoje, os destinos da PL estão sob a sábia orientação de Oshieoyá-samá, que é sobrinho do primeiro fundador.

O citado livro foi publicado em 2003 pelo departamento de estudos doutrinários da PL no Brasil, 350 páginas de magníficos ensinamentos.

O que observamos, com alegria, é que muitas antigas práticas da linhagem Obáku Zen foram adaptadas com um toque de contemporaneidade para a atual PL. Monges e leigos obákus e peelistas (praticantes da PL) tem convivência fraterna, freqüentam-se os templos para felicidade de todos e da paz mundial.

Isto é facilmente observável quando vamos a um lensei, o retiro espiritual da PL.

domingo, 29 de novembro de 2009

Oyashikiri

É um Ato Divino estabelecido sob total responsabilidade de Oshieoyá-samá, Patriarca da PL - Perfeita Liberdade.

São 5 sílabas ( O – YA – SHI – KI – RI ) nas quais estão concentradas as virtudes dos fundadores da PL – Perfeita Liberdade, que sacrificaram a própria vida em prol da felicidade da humanidade e do mundo de Paz.

Ao pronunciar “O – YA – SHI – KI – RI”, a total força de salvação atuará sobre você, independentemente de ser uma pessoa com virtudes ou não, mesmo no estado em que se encontra com todas as imperfeições.

Os seguidores da PL – Perfeita Liberdade recebem as virtudes da Prece de Oyashikiri e, através dela, elevam sua fé e salvam-se, purificando-se de corpo e alma.

Através de OYASHIKIRI, eles solicitam a Deus a solução ou graças provisoriamente, mas sempre conscientes da necessidade de reformulação e correção da própria ineficiência emocional que porventura exista (e que nem sempre é percebida).

Habitue-se a pronunciar OYASHIKIRI repetidas vezes, seja em voz alta, baixa, balbuciando ou no íntimo.

Numa emergência, é um pronto-socorro que tem o poder de salvar instantaneamente.

Pronuncie principalmente nas seguintes ocasiões:

1 – Quando sentir perigo ou quando estiver envolvido nele;
2 – Quando estiver em dificuldades;
3 – Quando estiver preocupado;
4 – Quando estiver angustiado;
5 – Quando tiver que solucionar coisas difíceis.

(conforme um folheto da PL).

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Oratória

Quando eu era adolescente morava na cidade satélite do Gama, DF. Uma vez por semana eu, meu pai e mais um amigo dele, que não me recordo o nome, íamos, à noite, para o Curso de Oratória, ministrado pelo Grupo Espírita Atualpa Barbosa Lima, que fica no Plano Piloto.

Foi lá, naquelas noites, que aprendi a falar em público, a me desinibir, impor a voz, trabalhar modulações da mesma etc. Minha eterna gratidão a estes irmãos.

Recentemente o GEABL completou 49 anos de profícua existência. Parabéns a todos e em especial aos mentores espirituais daquela casa.

www.atualpa.org.br

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Catusparisatsutra

Também conhecido como CPS – Catus Parisat Sutra ou El Sutra De La Fundación De La Orden Budista, ediciones Obelisco, Barcelona, 1995, 116 páginas.

É a parte mais antiga do Vinaya, trata das recomendações do Buda para os monges. Era algo bem simples, tem como base o Primeiro Concílio, 480 antes de Cristo. O texto serviu para os Vinayas das escolas Theravadins, Mahisasakas, Dharmaguptakas, Mulasarvastivadins, Lokottaravadins.

Víctor Gimenez Morote, o tradutor, pesquisou em fontes antiqüíssimas, uma edição chinesa de 1421.

Hoje, cada linhagem tem a sua forma própria de ordenação monástica, os graus de hierarquia, contudo, através desse livro, ficamos sabendo que no tempo do Buda, presente na forma física, a ordenação era bem simples. O Iluminado limitava-se a exclamar: “Ehibhiksu” (em sânscrito: “Vem aqui, bhiksu”) e declarava o candidato aceito para a ordem.

Estes recém-ordenados ficavam um pouco meditando e praticando com Sidarta e logo depois se espalhavam pelos caminhos do mundo. Gautama sabia que isso iria gerar uma profusão de escolas, linhagens, ramos etc. Por isso recomendava tão somente: o Buda, o Darma e a Sanga.

Há até a história de um jovem monge que havia sido ordenado por outro monge, não conhecia o Buda e estava em peregrinação para encontrá-lo pessoalmente.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Dicionário Budista Virtual

Quem gosta de estudar e pesquisar o Budismo Japonês tem, virtualmente, a oportunidade de consultar esta preciosidade:

www.onmarkproductions.com

É o belo site Japanese Buddhist Statuary, que inclui o A To Z Photo Dictionary. Um curso completo, imperdível !

Referências em inglês, japonês, chinês, sânscrito, páli, coreano e tibetano.

Divulgue !

domingo, 22 de novembro de 2009

Bodas - 52 Anos

Em nome do Buda, em nome do Darma, em nome da Sanga, ontem, concelebramos com a monja Daien, da escola Soto Zenshu e eu, do Budismo Primordial, a cerimônia das Bodas: 52 Anos de Casamento de Dionísio e Rosa (Dharmashiri e Karma Sangay).

O nome Dharmashiri foi outorgado em batismo pelo Venerável monge Theravada, Dr. Puhulwelle Vipassi, do Sri Lanka, já falecido, e o nome budista da sra. Rosa foi concedido em cerimônia tibetana, na KTC, RJ.

O puja de ontem aconteceu em Ricardo de Albuquerque, RJ, com muitos convidados, parentes e amigos. Em alegre confraternização.

O casal é devoto de Kuan Yin e Dharmashiri segue a linha Shingon.

É a união de linhagens diferentes, em um belo momento fraterno, confluindo para um mesmo propósito: em nome do Buda, em nome do Darma e em nome da Sanga.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Rito de Purificação

A Oomoto ensina que “a matéria apropria-se dos pensamentos do homem”.

Desse modo, tanto os pensamentos bons como os maus apossam-se dos pertences do homem (roupas, utensílios, objetos, casa, terreno etc); este sofrerá maior influência desses pensamentos, quanto maior for a força deles.

Por outro lado, há casos em que os terrenos e as casas – carregadas de tristeza, lástima, inveja e outros sentimentos negativos – causam imperceptivelmente infelicidade aos seus residentes.

Isso é inacreditável para os que não crêem na existência espiritual, mas esses acontecimentos, embora sejam corriqueiros, tem causas desconhecidas para as pessoas comuns.

Sendo assim, como se remove a mancha invisível, a causadora da infelicidade, do ódio, da inveja?

É possível limpar uma sujeira visível com água corrente ou quente; todavia, no caso das manchas invisíveis, só o que podemos fazer é apelar para as forças divinas.

Na Oomoto, com a função de limpar essas manchas invisíveis, celebramos o Rito de Purificação para limpar as forças animadas e inanimadas.

Quem desejar receber esse Rito de Purificação em sua residência, terrenos, lojas comerciais, escritórios, fábricas ou obter mais informações entre em contato.

www.oomotodobrasil.org.br

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O Sutra do Coração

É um texto recitado, diariamente, por milhões de budistas em todo o mundo. Muito já se escreveu e, por certo, muito ainda se escreverá sobre este sutra. As interpretações são as mais diversas.

Vejamos uma, bem original. Está na revista mensal, Sukyo Mahikari, nº130, de janeiro, 2008, página 12. O mestre Odarisama, autor do artigo, afirma que vazio significa espírito e forma quer dizer matéria.

“Buda expressou a transformação do mundo invisível em mundo visiível, usando a expressão “Shiki soku zeku”, ou seja, “forma igual a vazio. Forma significa matéria e vazio significa espírito. A essência da matéria é o vazio, é o espírito. Mas o mundo espiritual não é vazio, está repleto de Princípios Divinos, de energia, e possui uma força admirável.

“A ciência moderna, principalmente o avanço da mecânica quântica, permitiu pesquisar o invisível mundo infinitesimal. O ser vivo é formado por um conjunto de células, e as células são um conjunto de moléculas ainda menores.

“E, com a descoberta das partículas elementares, constatou-se a existência de uma extraordinária energia no mundo hiper-infinitesimal. As pesquisas sobre esses mundos, com certeza, levarão ao mundo da 4ª dimensão, totalmente inexplorado até agora.

“Quando os homens descobrirem esse mundo da 4ª dimensão, desvendarão um mundo espiritual completamente novo. Ou seja, a base para elevar e aperfeiçoar a espiritualidade está no mundo invisível e desconhecido. Agora, mais do que nunca, os seres humanos precisam saber que chegou a oportunidade concedida por Deus, que permitirá a convergência entre ciência e espiritualidade”.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Medalha Budista Milagrosa

Com todo o respeito aos católicos, no Budismo também temos um culto semelhante.

Sempre que o Venerável monge budista, Dr. Puhulwelle Vipassi, já falecido, viajava para o Sri Lanka ou Tailândia ele sempre trazia muitas medalhas do Senhor Buda e distribuía aos praticantes.

É um culto muito forte, no sudeste asiático, e vem de longa data.

Quem desejar conferir é só procurar o livro The Buddhist Saints Of The Forest And The Cult Of Amulets, de Stanley Jeyaraja Tambiah, publicado em 1984 pela Cambridge University Press, 418 páginas.

Tem como subtítulo “A Study In Charisma, Hagiography, Sectarianism, And Millennial Buddhism”. Muitas fotos ilustram esta excelente pesquisa.

O autor é professor de Antropologia na Universidade de Harvard.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Krishnamurti e a Imposição de Mãos

No livro On An Eternal Voyage, de Vimala Thakar, publicado em 1974, na Holanda, a autora fala de seu encontro com Jiddu Krishnamurti (1895-1986).

Formada em Filosofia Oriental e Ocidental pela Universidade de Nagpur, Índia, ela era militante do Bhoodan Movement (uma espécie de Movimento dos Sem Terra da Índia, fundado pelo discípulo de Gandhi, Vinoba Bhave).

Vimala começa a freqüentar as palestras e cursos de Jiddu e por fim, recebe incentivo dele para começar a ensinar na mesma linha de meditação, raciocínio e reflexão.

Belo dia, Thakar fala sobre sua antiga dor de cabeça, misturada com enxaqueca, quase que diária. Krishnamurti diz a ela que vai fazer uma coisa que aprendeu com a mãe dele, (deduzimos que deve ser a Sra. Annie Besant, mãe adotiva, presidente da Sociedade Teosófica). Então Jiddu impõe as mãos sobre a cabeça da aluna e ela fica curada para sempre.

O relato está no citado livro.

Hoje, Vimala Thakkar tem mais de 15 livros publicados em diversos idiomas, através da VT Foundation. Respeitando-se as devidas proporções ela continua o trabalho de Krishnamurti.

No Brasil, a editora Pensamento publicou dois de seus livros: Meditação: Uma Maneira de Viver, 1984, e Viver É Relacionar-se, 1991.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Ningen-Zen

Em 1974 eu residia no Templo Budista de Santa Teresa, RJ. Belo dia apareceu por lá um engenheiro japonês, estava de passagem pelo Rio e ofertou-me um pequeno livro da linhagem a qual ele pertencia.

É um ramo Rinzai e a tradição chama-se Ningen-Zen. Hoje graças ao Google o leitor pode encontrar muita coisa por lá dessa escola. Veja estes dois ótimos sites:
www.ningen-zen.com e www.gakunan-zen.com

O título do livrinho que guardo até hoje: A Guide To Susokukan, Breath-Couting Meditation In Zen, autoria do então patriarca da Ningen-Zen, Eizan Tatsuta Roshi (1893-1979). Ao final, entre outros apêndices, tem a letra The Ningen-Zen Samgha Song, que transcrevemos. Vale a pena meditar e refletir em cada verso desta poesia:

The life of Cosmos and that of mine,
At the deepest, are in fine,
Above all the mercy, our Love soaring,
On we go toward Truth thus adoring.
Ningen-Zen, the banner, give us delight;
Dear wish of ours is ever “Be right”.

A land has the culture, culture the land;
Be proud and help your nations stand.
Press palms together toward your neighbour,
Ningen-Zen, the banner, emit the call;
Dear wish of ours is “Harmony to all”.

The age-old intellect adds its glow,
To make the power of gratitude grow.
Out of the Treasury, rays in colours spout,
To refine and enrich our life in and out;
Ningen-Zen, the banner, let folks serry;
Dear wish of ours is “Make the earth Merry”.


Ningen quer dizer “ninguém”, no sentido de vazio. Note, porém, a profundidade e cosmicidade dessse ninguém, desse vazio, que é completo, é cheio de plenas potencialidades.

Reverências aos irmãos da Ningen-Zen !

domingo, 8 de novembro de 2009

Pipoca Zen

Assisti hoje, no cine Santa, RJ, uma pré-estréia do filme japonês, Zen. São 127 minutos, direção de Banmei Takahashi, produção deste ano que está se findando. Certamente, no próximo ano, o filme deve ser exibido no circuito comercial.

O patrocínio é da tradição Zendo Brasil, www.zendobrasil.org.br
Liderada pela conceituada monja Coen. No Rio, a coordenação é do monge Taigen, incansável batalhador da linhagem Sotô Zen, há mais de 30 anos. O titulo acima, Pipoca Zen, é de uma outra jovem monja que está estabelecendo no aprazível bairro carioca de Santa Teresa, uma sala de meditação.

O filme é a vida e a obra de Eihei Dogen (1200-1253), o grande fundador e patriarca da tradição Soto Zen, considerado o pai da filosofia no Japão.

Os atores são ótimos. Imagens belíssimas. Uma verdadeira aula de zazen. E, brasileiramente, para quem preferiu, com pipoca e guaraná.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Jubileu de Ouro de Sákya Trizim

No próximo dia 15 de novembro, em Botafogo, de 14 às 16 horas, na rua Jornalista Orlando Dantas, 15, casa 2, o Centro Sakya Kun Khiab Cho Ling do Rio de Janeiro estará realizando uma cerimônia de prática e meditação budista em comemoração ao Jubileu de Ouro de Sua Santidade Sakya Trizin. Todos são bem-vindos.

“Sua Santidade Sakya Trizin é o atual líder da linhagem Sákya de budismo tibetano. Esta escola – é a única hereditária dentro do budismo do Tibet – e remonta a mais de mil anos. Todos os mestres dessa denominação pertencem à mesma família, considerada de origem divina. As origens situam-se no grande yógui Virupa.”

O trecho acima está na revista espanhola Cuadernos de Budismo, nº 19, inverno de 1996, quando Sua Santidade visitou aquele país pela primeira vez, realizando iniciações nas cidades de Barcelona, Sabadell e Denia. Em entrevista à citada publicação, o reitor Trizin falou, entre outras, sobre a Universidade Sákya que se encontra em Rajpur, Índia, pretendem abrir campis em outros lugares.