segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Daikichi Terauchi

É um monge-escritor. Nasceu em 6 de outubro de 1921, em Tóquio, aos 23 foi admitido no templo Daikichi-ji, em Setagaya, linhagem Jodôshu (Terra Pura). É graduado em Estudos Budistas pela Universidade de Taishô.

Tem vários prêmios literários. Um de seus livros foi publicado em português pela Aliança Cultural Brasil-Japão: O Portal do Sucesso e Outras Crônicas Budistas, 96 páginas.

O prefácio é do professor da USP e também escritor Haroldo de Campos, que diz: “Este livro, em estilo ameno, de tonalidade quase oral, reúne histórias exemplares, através das quais o monge-escritor Daikichi Terauchi, primaz da linhagem budista Jodôshu (Terra Pura), procura transmitir, ao leitor em geral, ensinamentos que constituem uma espécie de ética da vida cotidiana, desdobrada em paradigmas de conduta existencial”.

“Dentre as escolas do budismo japonês – continua Haroldo – só a da Terra Pura (Jodôshu) põe ênfase num paraíso. Trata-se de uma região situada a oeste, para a qual o ser humano emigra após a morte. É o paraíso do Buda Amida. Esse paraíso se alcança pela repetição da fórmula Namu Amidabutsu (Louvado seja o Buda Amida), invocação do Buda (Nembutsu), a ser feita preferencialmente em recitação conjunta. A fórmula implica a confiança na misericórdia de Amida. Trata-se da via da salvação pela fé, preconizada pelo sábio monge Honen (1133-1212). Essa a via para a qual aponta, sob a forma de racontos exemplares, esta singela e edificante coletânea de crônicas pessoais”.

Em 1983, Terauchi foi nomeado diretor da Universidade Budista (Terra Pura) Taishô e desde 1991 é o diretor-geral da linhagem Jodôshu.

domingo, 20 de dezembro de 2009

O Evangelho de Buda

A editora Pensamento acaba de lançar mais uma impressão de O Evangelho de Buda, do Yogi Kharishnanda. É uma copilação de alguns trechos dos Pitakas, as Escrituras Budistas.

É resumo, é introdutório, é genérico, mas a conclusão que chegamos em uma grande rede de livrarias é que está um sucesso, sendo muito bem aceito. A publicação está com nova e melhor roupagem gráfica.

Aliás, de longa data, o Templo Zu Lai, tem este livro como referência em sua listagem de obras budistas. Confira www.templozulai.org.br e veja o link publicações.

A linguagem do Yogi é bem devocional, mística, religiosa. A palavra Evangelho, ainda que seja original do Cristianismo, tem também um sentido amplo, simbólico, veja o dicionário.

A primeira edição em língua portuguesa desta obra data dos anos 1960. Lendo com vagar e meditando em cada parágrafo, em cada linha seremos abençoados pela mensagem do Senhor Buda.

Vejamos alguns trechos:

“Sua chegada (do Buda) é uma bênção” – página 46 – comentário: Ele chega através dos nossos bons pensamentos, das nossas boas ações, dos mantras, dos cânticos, de ser um com o Buda.

“A caridade é prolífera em proveitos. É a maior riqueza...”. – página 47 – comentário: Lembremos que das seis perfeições, generosidade é a primeira. E caridade é para ser vivenciada em seu sentido amplo, holístico.

“Desejo que o teu reino goze de paz e prosperidade” – página 48 – comentário: Podemos entender o teu reino como a tua vida, o teu projeto, o teu empreendimento etc.

“Pense com fé no Buda e vencerá” – página 108 – comentário: Tenha fé, tenha confiança que as benéficas vibrações da Energia Primordial do Buda lhe ajudarão a vencer o que você se propõe.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

A Bíblia e a Saúde

Don Colbert é médico nos EUA, especialista nas chamadas terapias alternativas. Escreveu um livro ótimo, A Cura Pela Bíblia Para Dores De Cabeça, o subtítulo diz: “Verdades Milenares, Remédios Naturais e as mais Recentes Descobertas para a sua Saúde Hoje”. Formato de bolso, 120 páginas, editora Danprewan.

Primeiro ele faz um estudo sobre as possíveis causas da dor de cabeça e em seguida cita trechos bíblicos que falam de saúde. Muito interessante e original a sua abordagem.

Ele começa citando o Evangelho de Mateus 4:23: “Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo”.

Mas ele também cita o Antigo Testamento: “O olhar de amigo alegra ao coração; as boas novas fortalecem até os ossos” – Provérbios 15:30, ou seja, para o leitor ter ossos saudáveis é sempre recomendável boas doses de amizade e as boas novas de vida,abrangendo todas as áreas do existir.

Um longo capítulo é onde ele fala da importância do relaxamento na atualidade, as diversas formas de relaxamento e conclui citando o livro de Êxodo 15:26, observe que é possível a partir do trecho abaixo, um gancho para a meditação budista de plena atenção.

“... e disse: Se ouvires atento a voz do Senhor teu Deus, e fizeres o que é reto diante dos seus olhos, e deres ouvido aos seus mandamentos, e guardares todo os seus estatutos, nenhuma enfermidade virá sobre ti, das que sobre os egípcios; pois eu sou o Senhor, que te sara”.

Mary Baker Eddy, fundadora da Ciência Cristã, no século 19, nos informa que devemos entender os egípcios como um sentido figurado e não, necessariamente, como o país atual.

www.drcolbert.com

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Maior Stupa do Ocidente em Saquarema

A prefeita de Saquarema, RJ, Franciane Mota, o Secretário de Turismo do Município, Armando Ehrenfreund, assinaram o protocolo de intenções com a Fundação Lama Gangchen (presente em vários países), através do seu presidente Daniel Henry Calmanowitz e mais representantes da International Association of Educators for World Peace e o próprio, Venerável Lama Gangchen Rinpoche, acompanhado de praticantes budistas de SP.

Todos estavam presentes no local, ao ar livre, na Serra do Mato Grosso, onde será construída a maior Stupa do Ocidente. O monumento terá 400 metros quadrados de base e 18 metros de altura, a mesma altura da estátua do Cristo Redentor.

Com a copa do mundo, em 2014; e as Olimpíadas, em 2016, será muito grande o afluxo de turistas e peregrinos de todo o mundo.

Parabéns aos organizadores/construtores/colaboradores e ao povo bom e hospitaleiro da aprazível e litorânea cidade de Saquarema.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Um Café com o Buda

Pequeno grande livro de bolso, autoria de Joan Duncan Oliver, escreve no New York Times. Prefácio de Annie Lennox, ex-vocalista da banda Eurythmics, hoje segue carreira solo e participa de eventos em prol da paz mundial. Recém lançado pela editora Arx, 142 páginas.

Uma forma leve e suave de conversar sobre o Buda, o Darma e a Sanga.

Interessante que ao falar de corpo, sexo e afins, página 116, Joan declara: “os budistas tibetanos aceitaram o corpo como uma morada do êxtase, promovendo a união sagrada, (...) o corpo é reconhecido como um veículo de libertação. Alguns estudiosos chegam a dizer que o Buda não atingiu o nirvana debaixo da árvore bodhi, mas durante um ritual tântrico com sua esposa”. A autora reconhece que é um fato discutível.

Coincidência ou não, no livro El Tantra De Kalachakra – Rito de Iniciación, escrito a quatro mãos por Sua Santidade o Dalai Lama e Jeffrey Hopkins, ediciones Dharma, Alicante, Espanha, 490 páginas,1994, a capa mostra um casal búdico em uma posição que lembra o Kama-Sutra. As ediciones Dharma constituem a publicadora oficial da Fundação para Preservar a Tradição Mahayana, infelizmente o livro ainda é inédito em português.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Chico Xavier

A editora Eme acaba de lançar a Agenda Chico Xavier 2010. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos vai lançar em 2 de abril de 2010, o selo comemorativo pelo Centenário de nascimento deste grande médium, que desencarnou em 30 de junho de 2002.

Chico Xavier, ao longo de sua vida, psicografou mais de 400 livros. Foi indicado duas vezes para o Prêmio Nobel da Paz e recebeu o título de Mineiro do Século XX.

Logo na página 14 há um texto do organizador da agenda inspirado nos ensinamentos budistas. De fato, budismo e espiritismo têm muitos pontos em comum.

A agenda, na última capa, encerra-se com um belo texto do famoso médium:

“Partirei desta vida sem um níquel sequer...
Tudo que veio a mim, em matéria de dinheiro, simplesmente passou por minhas mãos.

“Graças a Deus, a minha aposentadoria dá para os meus remédios...Roupas...Os amigos, quando acham que estou mal vestido, me doam... Sapatos... eu custo a gastar um par... Em casa, a nossa comida é simples...

“Não tenho conta bancária, talão de cheques, nenhuma propriedade em meu nome, a não ser esta casa que eu já passei em cartório para outros, tenho apenas o usufruto...

“Nunca tive carros, nem mesmo uma carroça...

“De modo que, neste sentido, nada vai me pesar na consciência. Fiz o que pude pelos meus familiares, se não fiz mais, é porque mais eu não podia fazer...

“Nunca contei o dinheiro que trazia no bolso, mesmo aquele que alguns amigos generosos colocavam no meu paletó...”

Em termos budistas, Chico nasceu e viveu como um Bodhisatva, um santo budista !

www.editoraeme.com.br

domingo, 13 de dezembro de 2009

A Engenharia da Vida

Este ótimo título é do Reverendo Mestre Hsin Ting, discípulo do Grande Patriarca Hsing Yun, do Budismo Humanista, Templo Zu Lai, de Cotia, SP. Publicado em co-edição pela editora Escrituras e BLIA – Associação Internacional Luz de Buda, 96 páginas.

O Reverendo Ting nasceu em 1944, em Taiwan, foi abade dos templos Hsi Lai, EUA; Pu Men, Taipei e três outros mosteiros na Malásia. Fez doutorado em Filosofia na University of West, de Los Angeles.

Entre outros temas importantes abordados no livro, Mestre Hsin nos fala das oito consciências e do DNA da Mente que o Buda ensinou e afirma:

“(...) quem define o estado ou local para onde iremos após a morte somos nós mesmos, e não há ninguém que julgue se iremos para o Céu ou para o Inferno. Dessa forma, o budismo nos ensina que devemos acreditar em nós; que devemos ser responsáveis pelos nossos atos e seguirmos as orientações do Buda Shakyamuni para construirmos nossa própria vida. Respeitando e protegendo todos os seres”.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Linhagens Oomoto

Já escrevemos aqui, neste blog, algumas mensagens sobre esta bonita religião japonesa, que é a união entre o xintoísmo e o budismo.

Oomoto quer dizer “Grande Origem”, nascida em 1934. De lá para cá tem influenciando diversas novas correntes, no Japão.

1)Shindo Tengyokyo
2) Seicho-No-Ie (muito conhecida no Brasil)
3) Byakko Shinko-Kai
4) Kan-nagara Kai
5) Igreja Messiânica (cresceu muito no Brasil e Portugal)
6) Hikari Kyo
7) Ananai – Kyo
8) Shyoryoku-Shindo-Yamatoyama
9) Jiu
10) Jinruiaizen-en

Desdobramentos: 5) A Igreja Messiânica gerou:

1) Sekay Meishyu-Kyo
2) Kyuseishyu-Kyo
3) Shinji Shyumei-Kai
4) Sekay Mahikari Bunmei Kyodan (originou 5 formas de Mahikari, está no Brasil)
5) Kyusei-shinkyo
6) Sukyo Mahikari (é a maior das Mahikari no Brasil)
7) Reimei Kyokai
8) Jieido
9) Seiko Kyokai
10) Takateru Kyokai
11) Miroku Daiei-Kai (Miroku = Buda Maytreia; organização budista leiga)
12) Oomoto Hikari no Michi (nome em homenagem a mãe dessas linhagens)
13) Sukui no Hikari Kyodan
14) Jorei Ijitsu Fukyu-Kai (homenagem ao Jorei da Messiânica)

Desdobramento: a nº 6) Hikari Kyo, gerou a Makoto-No-Ie.

Fonte: livreto da Oomoto, nº 2 = “Oomoto – A Grande Origem”.

www.oomotodobrasil.org.br

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Natal Sákya no Rio

Ontem, participamos, com muita alegria, das comemorações de Natal do Centro Sákya de Budismo Tibetano Sakya Kun Khiab Cho Ling, no Largo do Machado, RJ, de 14 às 16 horas.

Inicialmente houve um bonito Puja dos Sthaviras, recitado por todos e coordenado por Rogel Samuel, presidente e fundador do referido centro. Depois, representando o Budismo Primordial, proferimos orações da Liturgia abençoando os presentes.

Por fim, a confraternização.

Agradecemos em especial à astróloga Graça Leite que proporcionou o contato e a sala para a realização do evento.

Quem desejar fazer um bom mapa astral é só entrar em contato através do tel. (21) 3652-1510 ou mgastrologia@hotmail.com

Ensinamentos maravilhosos estão no blog que tem como Guru, nada menos que Sua Santidade Sakya Trizin, uma linhagem que está no Tibete e no mundo há mais de mil anos. http://sakyakunkhiabcholing.blogspot.com

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Dhammakaya

Está circulando na rede, um pps contendo imagens grandiosas do maior templo budista do mundo. Cabem 150 mil pessoas sentadas, atualmente moram lá 1200 monges. O projeto é construir uma stupa com 1 milhão de pequenas imagens de Buda, até agora já foram feitas 300 mil. A pessoa que quiser pode colaborar financeiramente e o seu nome estará inscrito em uma dessas imagens de Sidarta. A noite é um impressionante festival de luzes e cores.

Dhammakaya é uma das três linhagens Theravadas que existe na Tailândia, certamente a maior; há pequenas diferenças entre as três, que, por sua vez, possuem sub-ramos.

As origens da Dhammakaya remontam ao Venerável Luang Poh Sod (1884-1959) que redescobriu a antiquíssima técnica de Meditação do Caminho do Meio e aproxima-se das práticas esotéricas do Budismo Shingon Japonês. Eles tem um Tripitaka Dhammakaya on line, por enquanto só em tailandês, mas está em andamento traduções várias, visto que a Dhammakaya já está presente em 40 países. Tem crescido muito e, no último Vesak foram ordenados 7 mil monges. É bom lembrar que faz parte da cultura tailandesa os homens ficarem alguns meses em serviço monástico. Por fim, há os que encontram a vocação e ficam muitos anos ou a vida toda.

O Theravada na Tailândia tem práticas peculiares, além do culto das Medalhas Budistas Milagrosas, que já falamos neste blog, tem também tratamento com ervas medicinas e a prática da água fluidificada que eles chamam de água sagrada.

Maiores detalhes no site www.dhammakaya.or.th em tailandês, mas há link para o inglês e o espanhol.

Veja também: www.dhammakaya.net e www.dimc.net este último, site do Dhammakaya International Meditation Center.

Outras interessantes informações sobre o Budismo na Tailândia podem ser encontradas no excelente livro Espiritualidade Budista, volume 1, editora Perspectiva, 480 páginas.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Neobudismo

O termo acima está no artigo do professor doutor e monge budista Terra Pura, Ricardo Mário Gonçalves, da USP.

O monge Genshô, da Soto Zen, Curitiba, em outro artigo, afirma que estas novas correntes budistas são teístas.

Os textos citados estão na revista on line Triratna, do Colegiado Buddhista Brasileiro que reúne as linhagens tradicionais.

Outros colaboradores da revista são: Ricardo Sasaki, do grupo Nalanda Theravada, de Belo Horizonte; monja Coen, Soto Zen do Brasil; monge Rinchen, Sákya; Venerável Dr. Uttarayana Nyana Sayadaw, monge da Birmânia e o estudioso norte-americano David Loy.

Parabéns pela publicação e vida longa a todos.

http://cbb.bodhimandala.com/triratna/revista

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A Ressurreição do Amor

É o subtítulo da mais nova obra de Ryuho Okawa, o patriarca da Ciência da Felicidade, uma linhagem neobudista que podemos chamar de Budismo Espiritualista. O título do livro: Mensagens Espirituais de Jesus Cristo, recém lançado pela editora Cultrix, 136 páginas. Uma reflexão sobre os ensinamentos do rabi da Galiléia que muito se aproxima da abordagem espírita.

No Japão esse autor já lançou mais de 400 livros e no Brasil, este é o 15º. Mais de 10 milhões de exemplares em diversas línguas. A Ciência da Felicidade é uma das organizações religiosas que mais cresce naquele país.

Uma das razões para este sucesso é que, com o passar dos séculos, o Budismo japonês tradicional foi se limitando a cerimônias de nascimento, batismo e falecimento. No século 20 começou um movimento de renovação no Xintoísmo que acabou se mesclando com postulados budistas surgindo assim diversas correntes que nosso blog vem noticiando. O capitalismo japonês, por sua vez, também trouxe materialismo, ateísmo, ceticismo, agnosticismo e, como as pessoas necessitam do Sagrado, até por uma questão terapêutica, eis uma das possíveis explicações para estes novas formas de budismo-xintoísmo-cristianismo.

Okawa afirma que, uma parte de sua consciência, é a reencarnação (renascimento) do Buda Sakyamuni. Ele explica que o espírito constitui-se de feixes-ondas de energia, então, uma parte destes feixes-vibrações que nasceu como Sidarta Gautama, no século 6 antes de Cristo, agora renasceu como Ryuho Okawa.

Verdade ou não, imaginação ou não, auto-ilusão ou não, a Ciência da Felicidade já está nos 5 continentes. E no estado de SP já existem quatro templos desta neolinhagem, e a revista mensal vai de vento em popa.

http://www.cienciadafelicidade.org

domingo, 6 de dezembro de 2009

Natal no Centro Sákya

O Centro Sákya de Budismo Tibetano, Sakya Kun Khiab Cho Ling, estará no dia 10 de dezembro, próxima quinta-feira, promovendo uma Confraternização de Natal no Largo do Machado, Galeria Condor, sala 406, de 14 às 16 horas, no Rio de Janeiro.

Sua Santidade Sakya Trizim, chefe da linhagem Sákya, em entrevista à revista espanhola Cuadernos de Budismo, página 23, inverno de 1996, nº 19, perguntado sobre a prática essencial do Budismo, respondeu:

“A raiz dos ensinamentos mahayanas é o amor-bondade e a compaixão. Se diz que quando se tem compaixão, todas as outras qualidades vem de modo natural.

O repórter pediu um exemplo para os dias atuais e Sákya Trizim recomendou repetirmos diariamente o mantra de Avalokitesvara: Om Mani Peme Hum.

O jornalista insistiu se só isso era suficiente e Sua Santidade completou: “Sim, creio que além de ser muito simples tem grandes benefícios para quem recita”.

Com fé de devoção reverenciamos as sábias palavras de Sua Santidade Sákya Trizim.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Kodo Matsunami

É professor e monge budista da escola Jodô (Terra Pura), nasceu em 1933, em Tochigi, Japão. Graduou-se pela Universidade Budista Taishô, Tóquio e pela Universidade de Harvard, em Cambridge, Massachusetts. Durante muitos anos foi monge residente da Misão Jodô, em Honolulu, Havaí.

Atualmente é o monge responsável pelo Templo Kinryujiu, em sua cidade natal. Autor de vários livros, entre os quais, A Conquista Da Felicidade, publicado pela editora Teosófica, 156 páginas. Tradução do monge brasileiro Terra Pura, Murillo Nunes de Azevedo, já falecido.

É um livro maravilhoso; o autor escolheu 65 estrofes do Dhammapada e faz comentários profundamente atuais. Uma linguagem contemporânea para tratar desse texto canônico.

Matsunami esteve no Brasil, representando a Associação Budista do Japão, nas comemorações do Centenário da Imigração Japonesa.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O Livro de Cabeceira do Buda

Quando Sidarta Gautama nasceu Os Upanixads já estavam compostos, prontos. Estudiosos contemporâneos afirmam que muitos ensinamentos do Buda lembram os textos Upanixads, é por isso que se diz que Sidarta fez uma reforma “protestante” no antigo Brahamanismo, deduzimos assim que o Senhor Buda, lia diariamente Os Upanixads.

“Supõe-se que os Upanixads (a forma de escrever varia) tenham sido escritos, na sua maioria, antes da era do Buda (...) Reza a tradição budista que entre os anos 563 a 483 antes de Cristo, justamente quando o Buda apareceu havia nada menos que 63 escolas de filosofia indiana”.

“Buda veio como um gigante, mas ao ler os Upanixads, pode-se facilmente verificar que foi nessa terra que as raízes da sua doutrina se desenvolveram”.

As declarações acima são do chinês Lin Yutang, que no início do século 20, divulgou os textos sagrados no clássico volume A Sabedoria da China e da Índia.

Nossa edição em português é uma preciosidade, data de 1945, e foi publicada por Irmãos Pongetti Editores. É um volume com 1046 páginas, capa dura, tipo uma Bíblia, com todo o respeito, de fato é, entre outros livros apresentados tem os Upanixad Svetasvatara, Upanixad Brihadaranyaka, Upanixad Chhandogya e Upanixad Katha, além de muitos outros textos sacros dos dois citados países.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Obáku Zen e a PL

No ótimo livro Vida: Isto é Arte, de Tokuchika Miki, o Segundo Fundador da PL – Perfeita Liberdade, encontramos na página 178, com direito a foto, inclusive, a cerimônia em que o Patriarca Miki participou juntamente com os monges do Templo do Anjo, da linhagem Obáku Zen, em memória de seu pai, que foi o monge-chefe-responsável por esse templo na juventude e depois o Primeiro Fundador da PL, Tokuharu Miki.

Tokuharu tinha a saúde muito debilitada e foi curado por Mestre Kanada, que era um yamabushi, um asceta das montanhas, devoto de Kukai, o grande patriarca do Budismo Esotérico Shingon.

Foi nesse quadro que Tokuchika Miki, já falecido, se criou. E depois sucedeu o pai no patriarcado da PL, hoje, os destinos da PL estão sob a sábia orientação de Oshieoyá-samá, que é sobrinho do primeiro fundador.

O citado livro foi publicado em 2003 pelo departamento de estudos doutrinários da PL no Brasil, 350 páginas de magníficos ensinamentos.

O que observamos, com alegria, é que muitas antigas práticas da linhagem Obáku Zen foram adaptadas com um toque de contemporaneidade para a atual PL. Monges e leigos obákus e peelistas (praticantes da PL) tem convivência fraterna, freqüentam-se os templos para felicidade de todos e da paz mundial.

Isto é facilmente observável quando vamos a um lensei, o retiro espiritual da PL.

domingo, 29 de novembro de 2009

Oyashikiri

É um Ato Divino estabelecido sob total responsabilidade de Oshieoyá-samá, Patriarca da PL - Perfeita Liberdade.

São 5 sílabas ( O – YA – SHI – KI – RI ) nas quais estão concentradas as virtudes dos fundadores da PL – Perfeita Liberdade, que sacrificaram a própria vida em prol da felicidade da humanidade e do mundo de Paz.

Ao pronunciar “O – YA – SHI – KI – RI”, a total força de salvação atuará sobre você, independentemente de ser uma pessoa com virtudes ou não, mesmo no estado em que se encontra com todas as imperfeições.

Os seguidores da PL – Perfeita Liberdade recebem as virtudes da Prece de Oyashikiri e, através dela, elevam sua fé e salvam-se, purificando-se de corpo e alma.

Através de OYASHIKIRI, eles solicitam a Deus a solução ou graças provisoriamente, mas sempre conscientes da necessidade de reformulação e correção da própria ineficiência emocional que porventura exista (e que nem sempre é percebida).

Habitue-se a pronunciar OYASHIKIRI repetidas vezes, seja em voz alta, baixa, balbuciando ou no íntimo.

Numa emergência, é um pronto-socorro que tem o poder de salvar instantaneamente.

Pronuncie principalmente nas seguintes ocasiões:

1 – Quando sentir perigo ou quando estiver envolvido nele;
2 – Quando estiver em dificuldades;
3 – Quando estiver preocupado;
4 – Quando estiver angustiado;
5 – Quando tiver que solucionar coisas difíceis.

(conforme um folheto da PL).

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Oratória

Quando eu era adolescente morava na cidade satélite do Gama, DF. Uma vez por semana eu, meu pai e mais um amigo dele, que não me recordo o nome, íamos, à noite, para o Curso de Oratória, ministrado pelo Grupo Espírita Atualpa Barbosa Lima, que fica no Plano Piloto.

Foi lá, naquelas noites, que aprendi a falar em público, a me desinibir, impor a voz, trabalhar modulações da mesma etc. Minha eterna gratidão a estes irmãos.

Recentemente o GEABL completou 49 anos de profícua existência. Parabéns a todos e em especial aos mentores espirituais daquela casa.

www.atualpa.org.br

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Catusparisatsutra

Também conhecido como CPS – Catus Parisat Sutra ou El Sutra De La Fundación De La Orden Budista, ediciones Obelisco, Barcelona, 1995, 116 páginas.

É a parte mais antiga do Vinaya, trata das recomendações do Buda para os monges. Era algo bem simples, tem como base o Primeiro Concílio, 480 antes de Cristo. O texto serviu para os Vinayas das escolas Theravadins, Mahisasakas, Dharmaguptakas, Mulasarvastivadins, Lokottaravadins.

Víctor Gimenez Morote, o tradutor, pesquisou em fontes antiqüíssimas, uma edição chinesa de 1421.

Hoje, cada linhagem tem a sua forma própria de ordenação monástica, os graus de hierarquia, contudo, através desse livro, ficamos sabendo que no tempo do Buda, presente na forma física, a ordenação era bem simples. O Iluminado limitava-se a exclamar: “Ehibhiksu” (em sânscrito: “Vem aqui, bhiksu”) e declarava o candidato aceito para a ordem.

Estes recém-ordenados ficavam um pouco meditando e praticando com Sidarta e logo depois se espalhavam pelos caminhos do mundo. Gautama sabia que isso iria gerar uma profusão de escolas, linhagens, ramos etc. Por isso recomendava tão somente: o Buda, o Darma e a Sanga.

Há até a história de um jovem monge que havia sido ordenado por outro monge, não conhecia o Buda e estava em peregrinação para encontrá-lo pessoalmente.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Dicionário Budista Virtual

Quem gosta de estudar e pesquisar o Budismo Japonês tem, virtualmente, a oportunidade de consultar esta preciosidade:

www.onmarkproductions.com

É o belo site Japanese Buddhist Statuary, que inclui o A To Z Photo Dictionary. Um curso completo, imperdível !

Referências em inglês, japonês, chinês, sânscrito, páli, coreano e tibetano.

Divulgue !

domingo, 22 de novembro de 2009

Bodas - 52 Anos

Em nome do Buda, em nome do Darma, em nome da Sanga, ontem, concelebramos com a monja Daien, da escola Soto Zenshu e eu, do Budismo Primordial, a cerimônia das Bodas: 52 Anos de Casamento de Dionísio e Rosa (Dharmashiri e Karma Sangay).

O nome Dharmashiri foi outorgado em batismo pelo Venerável monge Theravada, Dr. Puhulwelle Vipassi, do Sri Lanka, já falecido, e o nome budista da sra. Rosa foi concedido em cerimônia tibetana, na KTC, RJ.

O puja de ontem aconteceu em Ricardo de Albuquerque, RJ, com muitos convidados, parentes e amigos. Em alegre confraternização.

O casal é devoto de Kuan Yin e Dharmashiri segue a linha Shingon.

É a união de linhagens diferentes, em um belo momento fraterno, confluindo para um mesmo propósito: em nome do Buda, em nome do Darma e em nome da Sanga.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Rito de Purificação

A Oomoto ensina que “a matéria apropria-se dos pensamentos do homem”.

Desse modo, tanto os pensamentos bons como os maus apossam-se dos pertences do homem (roupas, utensílios, objetos, casa, terreno etc); este sofrerá maior influência desses pensamentos, quanto maior for a força deles.

Por outro lado, há casos em que os terrenos e as casas – carregadas de tristeza, lástima, inveja e outros sentimentos negativos – causam imperceptivelmente infelicidade aos seus residentes.

Isso é inacreditável para os que não crêem na existência espiritual, mas esses acontecimentos, embora sejam corriqueiros, tem causas desconhecidas para as pessoas comuns.

Sendo assim, como se remove a mancha invisível, a causadora da infelicidade, do ódio, da inveja?

É possível limpar uma sujeira visível com água corrente ou quente; todavia, no caso das manchas invisíveis, só o que podemos fazer é apelar para as forças divinas.

Na Oomoto, com a função de limpar essas manchas invisíveis, celebramos o Rito de Purificação para limpar as forças animadas e inanimadas.

Quem desejar receber esse Rito de Purificação em sua residência, terrenos, lojas comerciais, escritórios, fábricas ou obter mais informações entre em contato.

www.oomotodobrasil.org.br

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O Sutra do Coração

É um texto recitado, diariamente, por milhões de budistas em todo o mundo. Muito já se escreveu e, por certo, muito ainda se escreverá sobre este sutra. As interpretações são as mais diversas.

Vejamos uma, bem original. Está na revista mensal, Sukyo Mahikari, nº130, de janeiro, 2008, página 12. O mestre Odarisama, autor do artigo, afirma que vazio significa espírito e forma quer dizer matéria.

“Buda expressou a transformação do mundo invisível em mundo visiível, usando a expressão “Shiki soku zeku”, ou seja, “forma igual a vazio. Forma significa matéria e vazio significa espírito. A essência da matéria é o vazio, é o espírito. Mas o mundo espiritual não é vazio, está repleto de Princípios Divinos, de energia, e possui uma força admirável.

“A ciência moderna, principalmente o avanço da mecânica quântica, permitiu pesquisar o invisível mundo infinitesimal. O ser vivo é formado por um conjunto de células, e as células são um conjunto de moléculas ainda menores.

“E, com a descoberta das partículas elementares, constatou-se a existência de uma extraordinária energia no mundo hiper-infinitesimal. As pesquisas sobre esses mundos, com certeza, levarão ao mundo da 4ª dimensão, totalmente inexplorado até agora.

“Quando os homens descobrirem esse mundo da 4ª dimensão, desvendarão um mundo espiritual completamente novo. Ou seja, a base para elevar e aperfeiçoar a espiritualidade está no mundo invisível e desconhecido. Agora, mais do que nunca, os seres humanos precisam saber que chegou a oportunidade concedida por Deus, que permitirá a convergência entre ciência e espiritualidade”.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Medalha Budista Milagrosa

Com todo o respeito aos católicos, no Budismo também temos um culto semelhante.

Sempre que o Venerável monge budista, Dr. Puhulwelle Vipassi, já falecido, viajava para o Sri Lanka ou Tailândia ele sempre trazia muitas medalhas do Senhor Buda e distribuía aos praticantes.

É um culto muito forte, no sudeste asiático, e vem de longa data.

Quem desejar conferir é só procurar o livro The Buddhist Saints Of The Forest And The Cult Of Amulets, de Stanley Jeyaraja Tambiah, publicado em 1984 pela Cambridge University Press, 418 páginas.

Tem como subtítulo “A Study In Charisma, Hagiography, Sectarianism, And Millennial Buddhism”. Muitas fotos ilustram esta excelente pesquisa.

O autor é professor de Antropologia na Universidade de Harvard.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Krishnamurti e a Imposição de Mãos

No livro On An Eternal Voyage, de Vimala Thakar, publicado em 1974, na Holanda, a autora fala de seu encontro com Jiddu Krishnamurti (1895-1986).

Formada em Filosofia Oriental e Ocidental pela Universidade de Nagpur, Índia, ela era militante do Bhoodan Movement (uma espécie de Movimento dos Sem Terra da Índia, fundado pelo discípulo de Gandhi, Vinoba Bhave).

Vimala começa a freqüentar as palestras e cursos de Jiddu e por fim, recebe incentivo dele para começar a ensinar na mesma linha de meditação, raciocínio e reflexão.

Belo dia, Thakar fala sobre sua antiga dor de cabeça, misturada com enxaqueca, quase que diária. Krishnamurti diz a ela que vai fazer uma coisa que aprendeu com a mãe dele, (deduzimos que deve ser a Sra. Annie Besant, mãe adotiva, presidente da Sociedade Teosófica). Então Jiddu impõe as mãos sobre a cabeça da aluna e ela fica curada para sempre.

O relato está no citado livro.

Hoje, Vimala Thakkar tem mais de 15 livros publicados em diversos idiomas, através da VT Foundation. Respeitando-se as devidas proporções ela continua o trabalho de Krishnamurti.

No Brasil, a editora Pensamento publicou dois de seus livros: Meditação: Uma Maneira de Viver, 1984, e Viver É Relacionar-se, 1991.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Ningen-Zen

Em 1974 eu residia no Templo Budista de Santa Teresa, RJ. Belo dia apareceu por lá um engenheiro japonês, estava de passagem pelo Rio e ofertou-me um pequeno livro da linhagem a qual ele pertencia.

É um ramo Rinzai e a tradição chama-se Ningen-Zen. Hoje graças ao Google o leitor pode encontrar muita coisa por lá dessa escola. Veja estes dois ótimos sites:
www.ningen-zen.com e www.gakunan-zen.com

O título do livrinho que guardo até hoje: A Guide To Susokukan, Breath-Couting Meditation In Zen, autoria do então patriarca da Ningen-Zen, Eizan Tatsuta Roshi (1893-1979). Ao final, entre outros apêndices, tem a letra The Ningen-Zen Samgha Song, que transcrevemos. Vale a pena meditar e refletir em cada verso desta poesia:

The life of Cosmos and that of mine,
At the deepest, are in fine,
Above all the mercy, our Love soaring,
On we go toward Truth thus adoring.
Ningen-Zen, the banner, give us delight;
Dear wish of ours is ever “Be right”.

A land has the culture, culture the land;
Be proud and help your nations stand.
Press palms together toward your neighbour,
Ningen-Zen, the banner, emit the call;
Dear wish of ours is “Harmony to all”.

The age-old intellect adds its glow,
To make the power of gratitude grow.
Out of the Treasury, rays in colours spout,
To refine and enrich our life in and out;
Ningen-Zen, the banner, let folks serry;
Dear wish of ours is “Make the earth Merry”.


Ningen quer dizer “ninguém”, no sentido de vazio. Note, porém, a profundidade e cosmicidade dessse ninguém, desse vazio, que é completo, é cheio de plenas potencialidades.

Reverências aos irmãos da Ningen-Zen !

domingo, 8 de novembro de 2009

Pipoca Zen

Assisti hoje, no cine Santa, RJ, uma pré-estréia do filme japonês, Zen. São 127 minutos, direção de Banmei Takahashi, produção deste ano que está se findando. Certamente, no próximo ano, o filme deve ser exibido no circuito comercial.

O patrocínio é da tradição Zendo Brasil, www.zendobrasil.org.br
Liderada pela conceituada monja Coen. No Rio, a coordenação é do monge Taigen, incansável batalhador da linhagem Sotô Zen, há mais de 30 anos. O titulo acima, Pipoca Zen, é de uma outra jovem monja que está estabelecendo no aprazível bairro carioca de Santa Teresa, uma sala de meditação.

O filme é a vida e a obra de Eihei Dogen (1200-1253), o grande fundador e patriarca da tradição Soto Zen, considerado o pai da filosofia no Japão.

Os atores são ótimos. Imagens belíssimas. Uma verdadeira aula de zazen. E, brasileiramente, para quem preferiu, com pipoca e guaraná.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Jubileu de Ouro de Sákya Trizim

No próximo dia 15 de novembro, em Botafogo, de 14 às 16 horas, na rua Jornalista Orlando Dantas, 15, casa 2, o Centro Sakya Kun Khiab Cho Ling do Rio de Janeiro estará realizando uma cerimônia de prática e meditação budista em comemoração ao Jubileu de Ouro de Sua Santidade Sakya Trizin. Todos são bem-vindos.

“Sua Santidade Sakya Trizin é o atual líder da linhagem Sákya de budismo tibetano. Esta escola – é a única hereditária dentro do budismo do Tibet – e remonta a mais de mil anos. Todos os mestres dessa denominação pertencem à mesma família, considerada de origem divina. As origens situam-se no grande yógui Virupa.”

O trecho acima está na revista espanhola Cuadernos de Budismo, nº 19, inverno de 1996, quando Sua Santidade visitou aquele país pela primeira vez, realizando iniciações nas cidades de Barcelona, Sabadell e Denia. Em entrevista à citada publicação, o reitor Trizin falou, entre outras, sobre a Universidade Sákya que se encontra em Rajpur, Índia, pretendem abrir campis em outros lugares.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Movimento Caridade Budista

TGB significa Tratamento Gratuito de Bronquite. É um movimento de caridade que inclui um tipo especial de massagem, praticado pela linhagem Risho Kosei-Kai. Funciona todo segundo sábado de cada mês, a partir das 14 horas, na capital paulista: Rua Dr. José Estéfno, 40, Vila Mariana, tels: (11) 5549-4416 e 5573-8777. Como dizem os seguidores: “O patrimônio maior da RKK – Risho Kosei-Kai é fazer brotar nos homens o sentimento de se doar ao próximo”.

A editora católica, Cidade Nova, ordem dos Focolares, publicou em 1987, Shakyamuni Buddha – Uma Biografia Narrativa do Buda Histórico, 128 páginas, autoria de Nikkyo Niwano, fundador nos anos 1930, da Risho Kosei-Kai, que podemos traduzir como Fraternidade Budista, presente em diversos países.

Niwano foi o primeiro não-cristão a ser convidado para participar de um Concílio Ecumênico, em 1961. Em 1979, recebeu o Prêmio Templeton para o progresso da religião. São muito boas as relações da RKK com o Vaticano.

Reverendos e reverendas da RKK usam trajes ocidentais, podem casar e constituir família.

A RKK é um ramo do Budismo Nichiren e tem como base o Sutra Lótus.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Com a presença do Senhor Buda

SEGUNDA-FEIRA, NO RIO DE JANEIRO, DIA 2 DE NOVEMBRO, DE 16 ÀS 18 HORAS, NA RUA JORNALISTA ORLANDO DANTAS, 15, CASA 2 - BOTAFOGO, PRÁTICA DE MEDITAÇÃO E ENSINAMENTO DA TRADIÇÃO DO CENTRO SAKYA KUN KHIAB CHO LING DO RIO DE JANEIRO.

DIA IMPORTANTE: O SENHOR BUDA ACEITA DESCER DO REINO CELESTIAL DOS 33 deuses. NESTE DIA, O RESULTADO DE NOSSA PRÁTICA É MULTIPLICADO POR CEM MILHÕES DE VEZES, SEGUNDO LAMA ZOPA RINPOCHÊ.

É A HORA QUE MARCA O INÍCIO DA LUA CHEIA (16:15 horas). FERIADO (FINADOS). ENTRADA FRANCA. Tel. 021-93376173.

HAVERÁ OFERECIMENTOS (traga biscoitinhos de cor clara, ou amendoim, ou frutas etc).

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Je Tsongkhapa

Ontem, visitei o Templo Kadampa de Botafogo, RJ. Era o Dia dedicado a Je Tshongkhapa (1357-1419), dentro daquela tradição. Parabéns a tudo que vi, assisti e participei. Uma cerimônia muito agradável que me deixou bem leve ao final. Com direito à comemoração de aniversários de duas praticantes.

Fui muito bem recebido. Ganhei folhetos, opúsculos. Ótimo astral. É uma linhagem que tem crescido em todo o mundo e no Brasil já conta com vários centros. Em nosso Estado, o município de Campos dos Goytacases é o mais novo a ter representação Budista Kadampa.

Eles têm um programa de formação de professores e monges bem didático. A pedagogia aplicada me pareceu perfeita, daí o sucesso deles.

Em Cabreúva, SP, estão construindo um mega Templo, que será inaugurado no próximo ano com a presença do chefe da linhagem Venerável Geshe Kelsang Gyatso, que reside na Inglaterra.

Atualmente a denominação conta com 1100 centros de Darma e filiais em todo o mundo. Uma das formas interessantes para manutenção financeira da ordem, além da tradicional venda de livros, cds e dvds é a hospedagem em uma peculiar rede de hotéis budistas kadampa.

Congratulações, reverências e boa sorte a estes irmãos no Darma !

www.budismo.org.br

domingo, 25 de outubro de 2009

Zíbia no Dia

Leio hoje, e fico feliz, na edição on line do jornal carioca O Dia que a médium Zíbia Gasparetto estará, a partir do próximo domingo, escrevendo semanalmente uma coluna.

Ela é uma das campeãs na venda de livros, na área; em dezembro sairá o seu 34º volume. Tem 61 anos de mediunidade e é mãe do também consagrado médium, escritor, pintor e psicólogo Luís Antonio Gasparetto.

Acompanho e admiro os Gasparettos desde os anos 90 quando tinham um programa na Rede Band TV. Luís Antonio Gasparetto incorporava espíritos de pintores famosos e pintava, no ar, quadros maravilhosos. Já li também, vários de seus ótimos livros.

Parabéns ao jornal O Dia pela iniciativa e reverências búdicas à Família Gasparetto.

sábado, 24 de outubro de 2009

Emmanuel - Espírito Iluminado

Um sr. me questionou a respeito de uma postagem sobre Allan Kardec. Esclareço que nasci e me criei em lar kardecista: meu pai era fundador e presidente de centro espírita, minha mãe era professora da Escolinha do Evangelho para Crianças, aos domingos, pela manhã; meus demais irmãos, até hoje freqüentam casas espíritas em Brasília e no DF; e eu, na adolescência fui secretário da Mocidade do Centro Espírita Emmanuel, na cidade satélite do Gama, DF, anos 1960.

Muito admiro e respeito o Codificador da Doutrina Espírita, ainda hoje, sempre que o tempo permite visito centros espíritas, assisto as reuniões e estou sempre inteirado do ótimo movimento editorial espírita brasileiro.

Por falar em Emmanuel, vale a pena registrar este pequeno grande livro de bolso: Confia E Segue, através da psicografia de Chico Xavier, editora GEEM, de São Bernardo do Campo, SP, 112 páginas. Aliás, as edições Geem, são muito bem cuidadas, visualmente, e a capa deste volume, que cito agora, é algo belo e digno de nota.

Me encanta o estilo literário de Emmanuel. É o que nós, professores de Literatura, chamamos de “o prazer da leitura”. Às vezes, a partir de uma simples palavra Emmanuel tece magníficas reflexões que nos acompanham ao longo da vida. Não devemos nos esquecer também do talento de Chico Xavier.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Site em Língua Páli

As associações Vipássana do Brasil e Portugal acabam de lançar mais um ótimo livro, desta feita, com o título Para o Benefício de Muitos, do consagrdo professor e mestre de Dharma (ou Dhamma, em páli), Satya Narayan Goenka.

São 288 páginas constando palestras e diálogos entre o conhecido Goenkaji (como é carinhosamente chamado pelos alunos) e os praticantes de retiros, abordando diversos aspectos da Meditação Vipássana.

Ao final, há indicação de bons sites: http://www.pt.dhamma.org em português e http://www.tipitaka.org contendo o Chattha Sangayana Tipitaka, na caligrafia romana, acompanhado de comentários, reflexões e textos relacionais em páli.

Parabéns e Metta ! Isto é, amor-bondade a todos os que direta ou indiretamente proporcionaram que mais este volume tenha sido publicado, e como bem diz o título, Para o Benefício de Muitos.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Outro Equívoco de Kardec

Meses atrás, publicamos neste blog, uma nota sobre o equívoco de Allan Kardec no que se refere ao Budismo e ao Nirvana. A nosso ver, ele estava mal informado.

Democrática e respeitosamente queremos falar de outro equívoco, a nosso ver, grave. Veja o trecho a seguir. Está no livro Obras Póstumas, página 165, editora Ide, 2004. Palavras do próprio Codificador:

“O negro pode ser belo para o negro, como um gato é belo para um gato; mas não é belo no sentido absoluto, porque os seus traços grosseiros, seus lábios espessos acusam a materialidade dos instintos; podem bem exprimir as paixões violentas, mas não saberiam se prestar às nuanças delicadas dos sentimentos e às modulações de um espírito fino.

“Eis porque podemos, sem fatuidade, eu creio, nos dizer mais belos do que os negros e os Hotentotes (...)”.

Budisticamente, discordamos da postura do pedagogo Kardec, nesta declaração.

www.ide.org.br

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Puja dos Sthaviras

Participamos no último domingo, 18/10, de uma bonita cerimônia promovida pelo Centro Sákya de Budismo Tibetano, em Botafogo - RJ, coordenado pelo professor Rogel Samuel.

Estava presente também a monja Daien, representando a Soto Zenshu.

Recitamos ainda a Reza às 21 Taras e o Sutra do Coração. Cada participante recebeu um envelope com os textos sagrados e a imagem do Senhor Buda com os 16 Sthaviras, grandes discípulos de Sidarta que seguiram em direções diferentes para ensinar o Darma. Foi a antiga linhagem Sthaviravada que gerou a atual Theravada.

Rogel traduziu o ótimo livro A Sabedoria Essencial do Budismo, de Sua Santidade Sákya Trizin, o chefe da linhagem Sákya que reside hoje no Nepal. Mais de uma vez o professor Rogel lá esteve aprendendo diretamente com Sua Santidade. O citado livro foi publicado em 1996 pela editora Areté.

Para o mês de novembro, os participantes aguardam outra bela prática.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Linhagem Templo

É esse mesmo o nome. Em japonês se chama Jimon, surgiu em 993, portanto, tem mais de mil anos. É um ramo da escola Tendai que, por sua vez, nasceu na China no século 5. Faz a união entre o Zen e o Esoterismo, da qual Nichiren era iniciado.

No livro O Zen E A Tradição Japonesa, 252 páginas, autoria de Paul Arnold, publicado em Lisboa pela editora Ulisseia, 1973, há um bom capítulo sobre “O Espírito Iniciático Tendai”.

Entre outras, Arnold conta que o treinamento constava de três anos interno no Santuário aprendendo práticas xamânicas e mais 100 dias isolado nas montanhas conversando com os espíritos das árvores, das pedras, da terra, das águas, do ar, dos ventos etc.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Budismo Sákya Convida

O Centro Sákya de Budismo Tibetano Sakya Kun Khiab Cho Ling tem um ótimo serviço de divulgação virtual, veja em http://sakyakunkhiabcholing.blogspot.com

No próximo domingo, 18/10/09, o citado grupo vai realizar uma reunião em Botafogo, RJ, Rua Jornalista Orlando Dantas, 15, casa 2, de 16 às 18 horas.

Coordenado pelo praticante R. Samuel, convém lembrar que nosso irmão no Dharma tem ampla experiência na área. Já esteve em vários países do ocidente e do oriente, realizando estudos e práticas. Foi o primeiro, na América Latina, nos anos 1990, a representar Sua Santidade Sákya Trizim, o chefe da linhagem.

R. Samuel é professor doutor da UFRJ, e desde os anos 1970, escreve artigos e publica livros, em prol do Darma, em terras brasileiras.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Kompira - Papai Noel Budista-Xintoísta

Na cidade de Mirandópolis, SP, encontramos o grande santuário Kompira do Brasil. É a cópia fiel dos santuários dessa linhagem no Japão. No país do Sol Nascente existem 700 santuários dedicados ao Bodhisatva Kompira. É um deva, um espírito de luz, uma deidade, uma divindade; em termos budistas, um yaksha; em termos xintoístas, um kami, um deus. Kompira faz a união entre budismo e xintoísmo.

Este culto vem da Índia, dos tempos védicos. Kompira é o deus Kubera, em sânscrito ou Kuvera, em páli. É o deus da prosperidade, das riquezas (materiais, emocionais, astrais, espirituais etc), é o Yaksha da Boa Sorte e da abundância de coisas boas.

Também é o Protetor das Leis do Budismo, do Dharma. Originário da Índia, este culto esotérico passou para a antiga China e de lá para o Japão.

Kompira é o líder dos espíritos, o chefe dos yakshas, faz parte da equipe do Buda da Medicina que no Japão é mais conhecido como Yakushi Nyorai, o Buda dos Remédios. Kompira é um dos doze yakshas que andam sempre com a falange de Yakushi Nyorai.

Kompira aparece assim: tem o tronco atarracado e é um pouco barrigudo. Anda sempre com um saco às costas levando coisas boas para os devotos (quem sabe reside aí uma das origens de Papai Noel?) e uma garrafa para beber água fluidificada, o néctar do Buda da Medicina, água sagrada da saúde e da imortalidade Às vezes aparece com um cajado, dos antigos mestres zen andarilhos e uma bolsa a tira-colo. Kompira é o Rei do Quadrante Norte.

No livro sagrado dos hindus, Bhagavad Gita, X, 23, ele é o Rei dos Reis e o Rei dos Homens.

Nos altares da Mahikari ele está sempre presente, mas é carinhosamente chamado de Izunomê. O deus que materializa, concretiza as boas coisas para os kumitês, os praticantes da Mahikari. Diariamente, pela manhã e à noite fazemos preces para este deus.

Namu Kompira, Namu Kubera, Namu Kuvera, Namu Izunomê – nossa reverência e gratidão !

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Nyorin

É um dos nomes de Kuan Yin – a Bodhisatva da Misericórdia, é reverenciada no Budismo Mahayana do extremo oriente com vários nomes e representações.

Quando ela é assim chamada, Nyorin, logo vem a nossa mente a sua imagem com seis braços, simbolizando os pontos cardeais: norte, sul, leste, oeste; o nadir – o centro da Terra e o zenith – o alto, infinito. Significa que, em qualquer direção, estamos protegidos por sua energia de compaixão.

Adorável Nyorin, nossa reverência, neste dia de hoje dedicado à Nossa Senhora de Aparecida, com todo o respeito é a mesma energia de bondade e ternura.

Para uns ela é Kannon ou Kwanon, para os coreanos e vietnamitas Quan Yin ou Guan Yin. No Brasil é bem conhecida pelo seu nome em chinês Kuan Yin. Os ensinamentos da Mahikari dizem que Seikannon é um dos nomes de Deus Eterno, Criador de todo o universo. Interessante que, nas linhagens Tendai e seus ramos esotéricos, desde os mais remotos tempos, sua imagem é cultuada como Kanzeon e aparece com uma criança nos braços. Lembra muito bem, Nossa Senhora segurando o Menino Jesus.

Mas o significado esotérico de Kanzeon ou Nyorin é que ela nos coloca no colo, quando estamos precisando de seu apoio, em qualquer área.

Não esquecer que é a mesma Tara dos tibetanos e Avalokitesvara, em sânscrito.

Namu Nyorin Nyorai (Eu me refugio na Tatághata Nyorin).

domingo, 11 de outubro de 2009

Oyá-Samá é Buddha

Tanto no Budismo Japonês quanto no Xintoísmo é comum a expressão Oyá-Samá acoplada a outros termos para designar grandes patriarcas e mestres. Por exemplo, o patriarca da PL – Perfeita Liberdade, chama-se Oshieoyá-Samá. Na Igreja Messiânica temos Meishu-Sama. Etc... em outras correntes que vem do Japão. Neste caso, tanto o patriarca da PL, quanto da Igreja Messiânica, eles são Budas porque são pessoas especiais, bodhisatvas. Dentro do Mahayana japonês todos somos Buddhas. Todos os seres vivos, inclusive os minerais que também são seres vivos.

Daisetz Teitaro Suzuki, em seu livro Mística Cristã e Budista, editora Itatiaia, 1976, esclarece que: “Oyá não tem equivalente em inglês. É tanto maternidade quanto paternidade, não no sentido biológico, mas como símbolo de benevolência. Samá, partícula honorífica, é, às vezes, abreviada para sam, menos cerimoniosa e mais amistosa e íntima”.

Reflito que o Samá japonês pode vir da língua páli, onde estão os textos canônicos do Budismo Theravada. Lembremos que Samma Sambuddha é o Buda mais alto, o Supremo Buddha.

No citado livro Suzuki transcreve mais de cem estrofes do poeta e monge Saichi, na mais remota antiguidade da prática do Nembutsu, vejamos uma:

Oyá-Samá é Buda
Que transforma Saichi num Buda...
Sou agradecido pela graça,
Namu Amida Butsu, Namu Amida Butsu.

Namu Amida Butsu significa: Eu me refugio no Buda Amida, Eu me refugio na Luz Infinita do Buda Amida. Amida quer dizer Luz Infinita. Luz Infinita é Deus. Oyá-Samá é Deus.

O templo Seigon, onde Nichiren se criou, estudou, foi educado, se ordenou e morou tinha a prática diária do Nembutsu.

Observe a primeira letra: Nichiren – Nembutsu – Nirvana !

sábado, 10 de outubro de 2009

O Renascimento de Buda

É um desenho animado japonês, de longa metragem que será lançado brevemente em inglês e, certamente, percorrerá o mundo.

É inspirado no livro, de mesmo nome, de autoria do mestre Ryuho Okawa, fundador da Ciência da Felicidade.

No Brasil esta obra foi publicada pela editora Best Seller e tem 176 páginas. Tem como subtítulo: “Mensagem aos discípulos de vínculos passados”.

É belíssimo! O estilo de Okawa é brilhante. O leitor tem a impressão de que está ouvindo as palavras do próprio Buda. Como se fosse uma conversa, com Sakyamuni a nossa frente.

Excetuando-se um capítulo, todo o restante do texto foi construído em frases soltas, versos brancos de uma longa poesia-ensinamento.

Nos sentimos honrados em fazer parte da Ciência da Felicidade, no Rio, desde, 31.05.1998.

Nossa reverência: “Namu El Cantare yo Buda Maha Vairocana” !

www.cfelicidade.com.br

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Unsui

Unsui é um termo budista constituído de dois caracteres chineses que significam nuvem e água. Trata-se de uma forma de disciplina espiritual da Ciência da Felicidade, praticada durante a residência de, no mínimo, um mês em um templo desta jovem linhagem contemporânea.

É um retiro-seminário. Ótimo treinamento espiritual.

Seja livre como as nuvens e flua como um rio, diz o lema do retiro.

Na antiguidade Zenbudista, os noviços eram chamados de Unsui, de modo que eles se libertassem dos apegos e preconceitos. Nuvem é água na forma gasosa e água é nuvem na forma líquida. Uma coisa só, que por ser bem flexível e adaptável tem humildade e simplicidade de seguir adiante... vivendo.

Os noviços da Ciência da Felicidade podem casar, constituir família, trabalhar em sua profissões etc.

A informação está na revista de outubro, nº 173, outubro de 2009.

www.cfelicidade.com.br

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Mahikari, um ano

Há precisamente um ano, no mês de outubro de 2008, entrei pela primeira vez no Shô Dojô do RJ. Vem a ser, o abençoado templo, no Catete, onde se pratica a imposição de mãos conhecida como Arte Mahikari.

Comprei então a revista mensal Sukyo Mahikari, nº 139, que entre outras, noticiava que o Patriarca da instituição, Odairisama, foi recepcionado no Palácio do Planalto, pelo presidente Lula, juntamente com outros japoneses e seus descendentes, por ocasião das celebrações do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil.

Li a revista, devorei os ensinamentos ficando maravilhado. Escolhi o segundo item da prática: “Expandir e divulgar, diligentemente, a Luz e os Ensinamentos Divinos” via este blog.

Hoje, igualmente maravilhado, leio na edição antiga da citada revista, nº 135, o depoimento de uma senhora da cidade de Iaciara, a 530 km de Goiânia, em pleno centro-oeste brasileiro.

Pessoas humildes, simples, procurando-a, em sua casa, nas mais diversas horas do dia e da noite, batendo em sua porta, para receberem a Luz Divina, através da Imposição de Mãos. Moradores de localidades próximas ouvindo falar e interessados em conhecer esta arte de impor as mãos, que era do Buda, e foi redescoberta no século 20.

Penso que é pura caridade. A prática da Arte Mahikari tem tudo para crescer e se espalhar por este imenso Brasil. Já está presente em mais de 50 cidades brasileiras e a tendência da Luz é ir adiante, para o bem de muitos.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Rio 2016

Todos estamos contentes e felizes com a conquista das Olimpíadas para o Rio, em 2016. Os agradecimentos são muitos, mas até agora, até prova em contrário, não vi, nem li, nenhuma referência a um grande torcedor, um carioca de coração.

É o padroeiro da cidade. São Sebastião é um Espírito de Luz. No esoterismo chamamos de Espíritos Territoriais aqueles que cuidam dos lugares.

Mesmo não sendo católico, respeitamos e reverenciamos este ser de Luz, São Sebastião, aliás, o nome oficial que constava, antigamente, nos livros escolares era Mui Heróica e Leal Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.

Ali na Praça do Russel, na Glória, há uma grande estátua-imagem de São Sebastião. Sempre que passo por lá, cumprimento-o e reverencio-o, respeitosamente, assim como faria com uma autoridade.

Ele é uma autoridade espiritual.

sábado, 3 de outubro de 2009

Profetas da Esperança

Com o título acima, aconteceu na PUC-RJ, de 28/09 a 02/10, a Semana da Cultura Religiosa: Construindo Caminhos de Lucidez e de Transformação. Cerca de 100 participantes se fizeram presentes: alunos, professores e visitantes.

Entre os temas abordados houve um debate no início da semana com o sr. Alexander Lacks, sobrevivente do Holocausto. Nos outros dias: a profa. Eliana Yunes, da PUC-RJ: Poesia e Sentimento Religioso: Teo-poética – Cátedra Unesco de Leitura. A profa. Sandra Korman Dib, PUC-Rio: Planejamento de Vida. O padre Ricardo Rezende e prof. da UFRJ, debate sobre o filme: Expedito em busca de outros nortes. O prof. e padre Libânio, Faje – BH, MG: Caminhos de Lucidez e Transformação. O prof. Celso Carias, PUC-Rio e o aluno Júlio Mendes, do Serviço Social: As Comunidades Eclesiais de Base pelo Brasil. Oficina de Danças Circulares com Denise Nagem.

Encerrando a semana tivemos a Celebração Inter-Religiosa com o padre Geraldo, prof. da PUC-Rio, o pastor Edson da Igreja Cristã de Ipanema e, falando sobre o Budismo, este que vos escreve.

Tendo como tema base Profetas da Esperança, o padre Geraldo falou sobre Dom Helder Câmara, o pastor Edson destacou passagens da vida e da obra do pastor batista Martin Luther King e, sobre o Darma, destacamos a vida e a obra do monge budista e profeta japonês Nichiren.

Um detalhe interessante é que o pastor batista Martin Luther King, indicou o monge zenbudista vietnamita Thich Nhat Hanh como candidato ao Prêmio Nobel da Paz.

Vemos assim que o diálogo inter-religioso é possível, louvável e recomendável. Parabéns aos organizadores e participantes do evento.

Acesse:
www.puc-rio.br/puc-riodigital

www.igrejacristadeipanema.org.br

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

São Francisco de Assis

No próximo dia 4 de outubro, domingo, a Catedral de São Paulo Apóstolo (Igreja Anglicana) que fica no bairro de Santa Teresa, Rio, estará realizando às 11 horas a Missa e a Bênção dos Animais, em homenagem à memória de São Francisco de Assis.

Reverenda Inamar de Souza é a dinâmica dirigente da Catedral, que sempre apoiou as lutas da Amast – Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa, abrindo aquela Casa Espiritual para uma série de eventos da comunidade.

Reverências também ao Bispo Anglicano do Rio de Janeiro, superior da reverenda Inamar. Certa feita, conversando com ele e parabenizando-o por esta inserção social, respondeu-me que se não fosse esta inserção social a Igreja não faria sentido.

Em homenagem ao citado Santo, o calendário civil marca: Dia da Ecologia, Dia das Aves e dos Animais, Dia Universal da Anistia.

A editora Record tem um ótimo livro com o título: São Francisco de Assis, do historiador Jacques Le Goff, 2001, com 252 páginas sobre a vida e a obra do homem de Assis. Le Goff foi presidente da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, de Paris.

Sobre este livro disse o Le Nouvel Observateur: “Ele (o santo) denunciou o horror econômico antes de Viviane Forrester e Pierre Bourdier, ele anunciou a cultura hippie dentro de sua não-violência, seu anticonsumismo e seu minimalismo quando deixou ao seu pai, em público. A mensagem do Pobre de Assis é de uma modernidade inquebrantável.”

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Cobertura Kadampa

A linhagem tibetana Budismo Kadampa abriu uma sala, em uma cobertura, na Tijuca, próxima à Praça Saens Pena, pertinho do Metrô. Fica na Rua Conde de Bonfim, 310, 11º andar. Toda quinta-feira, às 18:30. Tel. 2527-9420.

Veja a programação completa em www.centrocompaixão.org.br

Diga-se de passagem que os sacerdotes e praticantes da linhagem Budismo Primordial HBS são orientados a estudar o ótimo livro O Voto do Bodhisatva, de Geshe Kelsang Gyatso, publicado no Brasil pela Editora Tharpa.

Por extensão, este blog recomenda os demais livros desse grande Mestre, Geshe Kelsang Gyatso.

Com todo o respeito e reverência aos Kadampa, somos linhagens co-irmãs.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Budismo Seigon

É pouco divulgado no Brasil. Só tem um templo em nosso país. Fica na cidade de Diadema, SP. Freqüentado majoritariamente pela colônia de japoneses e seus descendentes. Merece honrosamente ser conhecido por mais brasileiros. É filial do Templo Choju, da província de Kumamoto, no sul do Japão.

Não confundir com a escola Kegon, que segue o Sutra Avatamsaka.

Seigon é um ramo da linhagem Tendai; nas terras do Sol Nascente, existe desde o século 8. Tem como base o Sutra Lótus.

Seigon lembra o nome da capital do antigo Vietnã do Sul, Saigon. Quando houve a unificação do país, Saigon passou a se chamar Cidade de Ho Chi Minh. Não esquecer que o Budismo é religião predominante no Vietnã.

Tendai em japonês. Tien-Tai (Plataforma Celestial) em chinês, surgiu no século 6. Até hoje existe na República Popular da China, tem características sincréticas. Tem crescido na Alemanha, Dinamarca e Estados Unidos. No Estado de Nova York há um grande convento rural Tendai, com quatro grandes pavilhões. Monges e monjas usam os mantos na cor marrom.

Entre os séculos 8 e 16, Tendai foi o movimento político-social-budológico mais importante da História do Japão. Nichiren, sendo da linhagem Sanmon, pertencia à Escola Tendai.

Em 1986 o Papa João Paulo II firmou um acordo entre o Vaticano e a Escola Tendai. Anualmente, realizam o Encontro Inter-Religioso Dia de Oração pela Paz, por ocasião das solenidades contra as bombas atômicas lançadas no Japão. Um ano em Assis, Itália, outro ano no Monte Hiei, sede da Tendai, perto da cidade de Kyoto.

O Papa Bento XVI, em 2007, sobre o evento acima, escreveu ao Patriarca Tendai, Venerável Kahjun Handa: “A paz é tanto um dom de Deus quanto um compromisso do homem”. Sua Santidade Bento XVI expressou a “proximidade espiritual’ entre católicos e budistas.

Fontes:
Livros: As Religiões Japonesas no Brasil, de André Mazao Ozaki, edições Loyola, São Paulo, 1990 e Dicionário Budista, editorial Kier, Buenos Aires, 1989.
Sites: www.radiovaticana.org/bra

http://nichirenscoffeehouse.net

domingo, 27 de setembro de 2009

Benzimento Oomoto

A linhagem Oomoto, que significa Grande origem, e é a união do Budismo com o Xintoísmo tem uma prática muito importante de benzer as pessoas.

Quando se realiza um Benzimento, o missionário utiliza um instrumento chamado Miteshiro, também conhecido como “Mão de Deus”. Os missionários são apenas instrumentos, canais da Energia Divina.

No Miteshiro está contido o espírito e o poder Divino, e em nome de Deus deverá ser exercido o Benzimento, oferecendo-se orações, fazendo com que se receba a Graça.

A prática do Benzimento é feita de tal modo que é como se fosse recebido do próprio Deus Criador.

Existem muitos casos de pessoas que foram curadas de doenças tidas como incuráveis, através do Miteshiro.

(de um folheto da Oomoto = www.oomotodobrasil.org.br )

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O Bodhisatva da Inspiração

Ontem, pela manhã, o Bodhisatva (Espírito de Luz) Manjusri, me apareceu e pediu que escrevesse e publicasse, neste blog, a seguinte nota:

Todo aquele(a) que precisar de inspiração, para a área de cultura, ou outra área, mas que seja, exclusivamente para o Bem, é só pedir, mediante o cântico abaixo, que Ele providencia, com o apoio de uma infinita Legião de Seres de Luz que compõem a sua Sangha invisível, isto é, o seu campo energético.

O cântico a seguir é mais do que um poderoso mantra, é um dharani, um encantamento. A pessoa pode recitar ou cantarolar, várias vezes:

Manjusri, Manjusri, Manjusri
Criatividade
Manjusri, Manjusri, Manjusri
Vem Inspiração
Manjusri, Manjusri, Manjusri
É Felicidade
Manjusri, Manjusri, Manjusri
Iluminação
Manjusri, Manjusri, Manjusri
É Fraternidade.

Normalmente Ele é associado à Sabedoria, mas Manjusri me esclareceu que o Estado de Sabedoria engloba a Inspiração.

Explicando a canção acima:
1º verso: três vezes em homenagem ao Buda, ao Darma e a Sanga.
2º verso: o Estado de Criatividade encontra-se no campo energético de Manjusri.
3º verso: idem ao primeiro.
4º verso: a pessoa solicita que a Inspiração venha se materializar em seu propósito.
5º verso: idem ao primeiro verso.
6º verso: o Estado de Criatividade nos leva ao Estado de Felicidade que são inerentes ao campo energético de Manjusri.
7º verso: idem ao primeiro.
8º verso: o Estado de Iluminação é resultante do processo acima descrito.
9º verso: idem ao primeiro.
10º verso: Criatividade, Inspiração, Felicidade e Iluminação nos farão compreender que precisamos viver em Fraternidade, por um mundo melhor.

No Glossário Teosófico, editora Ground, 1995, Helena Petróvna Blavatsky informa que, entre outras definições, Manjusri, no Esoterismo, é o Logos Criador.

Manjusri me confirmou o esclarecimento do Glossário. Logos Criador, daí, Criatividade.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Espíritos dos Animais Indignados com os Seres Humanos

Fontes fidedignas (espirituais) me contaram, mas não posso revelá-las. Os Espíritos dos Animais estão indignadíssimos com os seres humanos. E por isso estão ajudando Espíritos de Humanos (obssessores) a estabelecer o caos no mundo, disseminar a violência e provocar pandemias.

Observem que, recentemente, primeiro veio o mal da vaca louca, depois a febre do frango, agora a gripe suína. Outras virão, alertam eles.

Ninguém é obrigado a acreditar no que estamos escrevendo, mas comecem a prestar atenção daqui para a frente. Comecem a refletir.

A humanidade atingiu um estado em que para sobreviver estão destruindo o ecossistema, estão confinando milhares de animais e aves em cubículos para a matança, para o abate. Estes animais e estas aves nascem, crescem e morrem completamente exauridos e estressados e isto se propaga para o ar, para o clima, para a atmosfera.

Ao desencarnarem estes Espíritos de Animais e Aves tornam-se revoltadíssimos e fazem tudo para instalar o desequilíbrio no planeta, estão se vingando.

O Senhor Buddha já dizia, desde o século 6 antes de Cristo: “tudo está interligado, nada está fora do caminho”. Ou seja, estamos todos no mesmo barco. O materialismo reinante e dominante em todo o mundo não acredita e não aceita estas ponderações. Os governantes, por sua vez, de todos os matizes ideológicos acham que isto é bobagem, enveredam por um desenvolvimentismo suicida, genocida. Enveredam e estimulam um consumismo exacerbado, ingênuo e inconseqüente.

Agora é aguardar a próxima pandemia.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Sukyo Mahikari

A Lua Nova de setembro de 2009 trouxe minha iniciação como seminarista, na Arte da Imposição de Mãos. Também conhecida como Arte Mahikari, fundada no Japão, consiste em transmitirmos a Luz Divina ao próximo.

Foram três dias em regime integral: sexta, sábado, domingo, dias 18,19 e 20 do mês em curso, de 8 às 18 horas, na sede do Sho Dojô – RJ, no Catete. O nome do evento “Seminário de Grau Básico Unificado”. Estavam presentes cerca de 100 pessoas entre seminaristas, diretores, pessoal de apoio, reassistentes (antigos seminaristas) e ouvintes de outras cidades e estados próximos ao Rio.

Fomos iniciados pelo diretor da América Latina, sr. Hiroki Shimizu, representante oficial da Grã-Mestra, que tem mais de 80 anos, reverendíssima Sra. Keishu Okada.

Esta abençoada arte remonta ao tempo de Buda. Observe que algumas imagens de Sidarta Gautama, quer em pé ou sentado, Ele está com a mão espalmada para a frente, ou seja, o Senhor Buddha estava nesse momento aplicando a arte da imposição de mãos, Ele estava transmitindo Luz Divina.

Ao longo dos séculos esta tradição se perdeu e foi resgatada em 1962 pelo Grão Mestre Kotama Okada, pai da sra. Keishu.

Ensinamentos ótimos e bonitos nos foram transmitidos nos três abençoados dias. Foi gratificante saber que os três Budas estão presentes nas origens dessa linhagem:

Miroku (Maytréia em sânscrito, o Buda do Futuro) é Deus que se manifesta inicialmente em corpo espiritual, através do Buda Maha Vairocana. A seguir aparece em corpo astral como Amithaba, o Buda da Luz Infinita e no corpo físico foi Sidarta Gautama, o Buda Sakyamuni.

Grande Deus Su, Sukuinushisama, Oshienushisama, Odairisama, sinceramente, muito agradecido !

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Ode à Arte Mahikari

Namu Izunomê
Namu Izunomê
Namu Izunomê
Eu reverencio você.

Eu andava cansado
Eu andava estressado
Você me renovou
Você me inovou.

Mahikari, arte do bem
Mahikari, amor tem
Mahikari é nota cem
Mahikari, ó Luz, vem.

Ó Deus Grande Su
I love you
Agora sou kumitê
Izunomê amo você !

(04/09/09, às 13:45, poesia recebida na Linha Amarela, indo para a Ilha do Fundão, cidade univesitária, UFRJ).

- que as ondas de Luz desta canção abençoem os que passam pela Linha Amarela, diariamente, e também os que estudam, trabalham e trafegam pela Cidade Universitária.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O Bodhisatva Kokuzo

O Bodhisatva Kokuzo (em sânscrito: Akasagarbha) desempenhou um papel central nas visões e sonhos do jovem Nichiren, que mais tarde escreveu:

“Desde muito jovem, eu rezava ao Bodhisatva Kokuzo para que fizesse de mim o homem mais sábio do Japão”.

Ao meditar sobre esse bodhisatva, Nichiren sentiu vibrar sua vocação em tenra idade.

A afinidade de Nichiren com a tradição esotérica fica clara a partir de diversos aspectos de seu pensamento.

Na tradição esotérica, todos os seres sencientes são considerados capazes de alcançar a iluminação, auxiliados por mantras, obras de arte e várias práticas físicas e mentais. O meio para se alcançar essa iluminação são mudrás, posturas, mantras, mandalas e técnicas de meditação.

Mantras, mandalas e mudrás são usados para inculcar hábitos de pensamento esotérico. O mantra é um instrumento para evocar e produzir algo na mente, uma fórmula sagrada, ou encantamento mágico, para trazer à mente a visão e a presença interior de uma divindade (um espírito, um ser de Luz). Ele é usado para ajudar o praticante a vivenciar a presença do Absoluto, ou Dharmakaya. No mantra ouve-se a voz do Dharmakaya vinda do próprio corpo. As mandalas, assim como os mantras, auxiliam nos níveis supra-racionais da experiência e são empregados para ajudar os estudantes a alcançar diferentes níveis de percepção.

Os parágrafos acima estão no livro Espiritualidade Budista, volume 2, editora Perspectiva, de Takeuchi Yoshinori. Autor e organizador. É professor emérito da Universidade de Quioto e um dos principais integrantes do movimento que ficou conhecido internacionalmente como Escola de Filosofia de Quioto, fundada por antigos alunos e admiradores de Heidegger, no princípio do século 20.

- Após quatro anos de noviciado, o jovem Nichiren foi ordenado plenamente aos 15 anos, em 1237, no ramo esotérico Sanmon da linhagem Tendai. Continuando assim os seus estudos e pesquisas de todas as linhagens que na época existiam no Japão.

- Quando ele rezou ao Bodhisatva Kokuzo pedindo sabedoria, na verdade, era para compartilhar depois, com os discípulos, seguidores e amigos os ensinamentos do Senhor Buddha.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Nichiren Menino

Ele era uma agradável criança, passou a primeira infância com os pais, naquela minúscula colônia de pescadores em contato com a natureza. Da mãe herdou a ternura para com os seres vivos. Do pai, a bondade búdica e o respeito para com todos, até para com os espíritos, os devas. Bondade e ternura, bem podem ser sinônimos, assim, o menino se criou.

Bem próximo, na aldeia, havia o templo Kyosumi, dedicado ao Bodhisatva Kokuzo, em sânscrito Akasagarbha, e assim, diariamente, pela manhã e à noite, a família orava em frente ao pequeno oratório na humilde casa o tradicional “Namu Bossatsu (bodhisatva em japonês) Kokuzo (eu me refugio no Buda Kokuzo)”. E, de fato, como vamos ver o Bodhisatva Kokuzo o acolheu e o amparou em seu templo.

O menino nasceu em 16 de fevereiro de 1222, e recebeu o nome de Zennitimaru. A primeira sílaba de seu era Zen, era meditação, era caminho, era prática de louvor e dedicação ao Buddha. Seu pai chamava-se Nukina e sua mãe Umeguiku.

Mas, quis o destino que aos 11 anos ele ficasse órfão de pai e mãe. O Bodhisatva Kokuzo cumpriu a promessa, e o menino foi adotado pelo templo local, que pertencia ao ramo esotérico Sanmon, da linhagem Tendai. O abade deste templo chama-se Venerável Douzen que se tornou então uma espécie de pai, mestre, professor e preceptor. Zennitimimaru começa com Zen, seu patriarca terminava com Zen, Douzen – o caminho da meditação.

Zennitimaru conhecia o abade desde a mais tenra infância, admirava-o e reverenciava-o como grande sacerdote, deste modo não foi difícil transferir a figura masculina para o novo “pai”.

Logo no segundo dia que começou a morar em Kyosumi, o mestre Douzen dirigiu-se ao novo discípulo, logo após a liturgia matinal.

- Zennitimaru, todo dia nós vamos estudar um ponto, uma lição desse nosso bonito caminho que nos levará à Terra Pura do Senhor Buddha, certo?

- Sim mestre, meus pais sempre diziam que no dia que eles passassem para a outra dimensão, o Buddha Kokuzo estaria comigo o tempo inteiro.

- Estaria não, Ele está conosco, eternamente, pois ele é uma emanação do Buddha eterno, o Senhor Adhi-Buddha, o Buddha Primordial, criador dos céus e da terra.

- Meus pais diziam também que logo eu viria para cá, estudar a santa doutrina da iluminação.

- Pois é Zennitimaru, então chegou a hora. Você pode e deve brincar, mas temos muito o que aprender. Nossa escola esotérica Sanmon se caracteriza pela investigação de todas as linhagens, de todos os ensinamentos do nosso querido Mestre Buddha. Sinta-se alegre, contente e feliz, você agora é um noviço. Seus, de onde estão, também estão alegres, contentes e felizes sabendo que o filho agora é um noviço do Buda Kokuzo.

- Namo Buddha Kokuzo ! – repetiu o menino com devoção.

- Isso mesmo, repita sempre, recite com fé ao longo do dia e da noite, mesmo dormindo, sonhando, cante este santo dharani.

domingo, 6 de setembro de 2009

O Buddha e a Prostituta

Na Índia, havia, na época de Buddha, uma prostituta de alta classe e bastante famosa que se chamava Ambhapáli. Ela se devotou profundamente a Sakyamuni como discípula leiga e cedeu-lhe o parque de Ambhapáli, de sua propriedade, para ser usado como centro de práticas religiosas.

Sakyamuni pregava-lhe o seguinte: “Hoje você é bela, mas um dia envelhecerá, a coluna se vergará e rugas marcarão o seu rosto. Tenha consciência de que este mundo é efêmero”.

Na terceira idade, ao se ordenar e se tornar monja, ela disse: “Aconteceu tal como Sakyamuni pregou”.

Sakiamuni atendia a todos com carinho, inclusive as prostitutas, mostrando-lhes a possibilidade de seguir o caminho da fé.

Certo dia, Ambhapáli convidou Sakyamuni e seus discípulos para um banquete. No caminho de volta, sua carruagem chocou-se com a de nobres rapazes da família Ricchavi.

Ela pediu desculpas pelo acidente e disse que estava com pressa devido aos preparativos do banquete. Ao tomar conhecimento do evento, os jovens se dirigiram a Sakyamuni. “Não é bom o Senhor aceitar o convite de uma prostituta. Nós lhe oferecemos um banquete melhor, queira aceitar o nosso convite”. Ao que Sakyamuni recusa prontamente: “Eu já assumi o compromisso. O convite de uma prostituta não é inferior ao de um nobre. Não posso aceitar agora vosso convite, pois vou cumprir o que prometi”.

- A história é contada pelo mestre Ryuho Okawa, em seu livro A Vida Verdadeira, editado pela Ciência da Felicidade, 1996.

- Mestre Okawa acrescenta que hoje, Ambhapáli é um Espírito Superior de muita Luz. Ela de fato, tinha muita fé em Sakyamuni. E ainda tem, no plano espiritual onde se encontra.

Outros textos podem ser acessados no ótimo blog, que vem da sede, no Japão, em português: http://cienciadafelicidade.org

sábado, 5 de setembro de 2009

Constelação Familiar

O título acima também é o título do mais novo e excelente livro de Divaldo Pereira Franco, consagrado médium e orador espírita, já psicografou cerca de 200 obras.

Constelação Familiar vem pela inspiração de sua mentora espiritual, Joanna de Ângelis. A última encarnação desse Espírito foi como a freira Sóror Joana Angélica de Jesus (1761-1822), que viveu em Salvador, BA, conhecida como Mártir da Independência do Brasil. Em sua penúltima reencarnação foi a freira Sór Juana Inês de la Cruz (1651-1695), a maior poetisa da língua hispânica. No século I foi Joana de Cusa, piedosa mulher que foi citada no Evangelho e queimada ao lado do filho de outros cristãos no Coliseu de Roma.

Estamos na Semana da Pátria e assim estamos reverenciando a Mártir de nossa Independência. O Espírito Joana de Angelis já ditou para Divaldo 55 livros, dos quais 31 traduzidos para oito idiomas e 5 transcritos em Braille.

Compre o livro e faça caridade. Como brinde, a cortesia fica por conta da edificante leitura. Todo o produto da edição é destinado à manutenção da Mansão do Caminho, obra social do Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, que Divaldo e outros abnegados trabalhadores espíritas mantém na capital baiana.

www.mansaodocaminho.com.br

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Ciência da Felicidade cresce

No primeiro trimestre de 2009, a linhagem budista japonesa, Ciência da Felicidade, inaugurou 22 templos em 16 países. Entre outros, um em Bodhigaya, local da iluminação do Senhor Buddha, na Índia.

O lançamento do PRF - Partido da Realização da Felicidade já tem site em inglês, veja
http://www.hr-party.info/

Maiores detalhes na edição 172 da revista mensal, setembro de 2009. Nesse número, o mestre Ryuho Okawa afirma, à página 21: "Política e religião são dois lados da moeda".

www.cfelicidade.com.br

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Diálogo Inter-Religioso

II Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa.

20 de setembro de 2009, domingo, 10 horas, orla de Copacabana, concentração no posto 6.

Comissão de Combate à Intolerância Religiosa – RJ.

Fórum de Diálogo Inter-Religioso – RJ.

www.eutenhofe.org.br

Toda sexta-feira, nas bancas do Rio de Janeiro, compre o jornal Povo e leia a coluna “Povo de Fé”. Divulgue o seu evento.

No dia 20/09, mesmo que chova, estaremos juntos, mais uma vez, para manifestar pacificamente o nosso desejo de liberdade! Crianças, idosos, homens e mulheres que acreditam ser possível a convivência harmoniosa entre todas as crenças, estarão unidos.

A 2ª Caminhada é realizada em nome da Democracia. Religiosos, simpatizantes, místicos, ateus, agnósticos de vários pontos do Brasil esperam por você ! O ano passado, na primeira caminhada, estavam presentes cerca de 20 mil pessoas.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Shugendô

Em outubro de 1974, a edição nº 26 da revista Planeta publicou um artigo especial, com chamada de capa, da página 54 a 69, sobre o título acima. Autoria do Venerável monge, professor doutor em História, da USP, Ricardo Mário Gonçalves, com uma série de fotos.

Nosso blog já fez várias referências ao extenso e brilhante currículo do professor, mas, este ainda não citamos aqui: monge Ricardo, na ocasião em que o artigo veio à lume, era vice-presidente da Loja Siddhartha, da Sociedade Teosófica no Brasil.

Nessa matéria ele fala de sua iniciação como Yamabushi – praticantes budistas esotéricos - que mesmo morando nas cidades, com freqüência fazem seus rituais e cerimônias nas montanhas do Japão.

É um rito antiqüíssimo. Há um profundo respeito pela natureza e integração/comunhão com o ecossistema, pois o Senhor Buddha ensinou que tudo tem vida, até os pedras, e um ser humano pode, em algumas situações, renascer no reino animal, vegetal e até mineral.

“Os Yamabushis se originaram das classes populares e sempre atuaram no seio do povo humilde não só como organizadores de irmandades religiosas e como xamãs-feiticeiros dotados de poderes de premonição e curas, mas também líderes culturais, difusores de técnicas da medicina oriental, criadores de festivais artísticos com música, dança, teatro etc.”

Afirma o venerável que “o Shugendô é um sincretismo do esoterismo budista com o xintoísmo. É formado por um número incontável de pequenas irmandades que se organizam espontaneamente em torno de certos indivíduos que o consenso popular reconhece como líderes”.

O professor conta ainda que há invocação e incorporação mediúnica de espíritos.

A veneração principal é ao poderoso Bodhisatva Fudô Myoô, o rei da Luz (Vidyarajá Acala, em sânscrito), protetor dos Buddhas. Fudô Myoô tem aspecto irado e pode se manifestar de sete formas diferentes, mediante o caso para dar segurança aos praticantes.

Novamente diz o monge Gonçalves: “Os Yamabushis consideram os mantras e mudras de Fudô Myoô extremamente eficazes para o trabalho de desenvolvimento dos poderes psíquicos. São utilizados em inúmeros rituais de magia”.

Namo Fudô Myoô !

domingo, 30 de agosto de 2009

Culto Budista

O templo é o lugar de promoção do Dharma e de cultos. Esta tradição se conserva até os dias de hoje.

O culto visa reverenciar o Dharma como o corpo. O gesto básico é o gasshô que é a união das mãos na altura do peito. O gasshô é a forma tradicional de cumprimento na Índia. Significa o respeito e a confiança no outro. Junto com a imposição das mãos, é pronunciada a palavra Namastê, que é da mesma raiz de Namu, que encontramos no Namu Amida Butsu.

O Nembutsu ou a recitação do Namu Amida Butsu é a resposta aos nossos questionamentos e anseios existenciais. O gasshô que é a gestuália de unir as mãos, tem como significado a união do nosso ser. Neste sentido o gasshô é uma prática necessária para um mundo conturbado e fragmentado como é a nossa época.

Se nós não estivermos unificados, estamos descentralizados e nossas vidas serão fragmentadas. Estamos aturdidos e não conseguiremos ver as nossas responsabilidades sociais. A plena satisfação é possível unificando-se com a prática do gasshô.

O gasshô faz surgir uma gratidão libertadora, que nos liberta do pensamento discriminatório. Desta forma adquirimos um viver que transcende a morte. Viver e morrer não são coisas separadas. A vida e a morte geram-se mutuamente. Quem assim entende descobre Amida, isto é, o Absoluto Ilimitado.

- Os parágrafos acima estão nas páginas 30 e 31 do livro Rompendo as Amarras do Ego, cujo subtítulo é “Uma Introdução Ao Budismo Shin”, autoria de Massao Ryose, provincial da Missão Budista Sul Americana do Templo Higashi Hongangi, SP. A edição, 1992, é do Instituto Budista de Estudos Missionários, fundado e presidido pelo venerável monge professor doutor da USP, Ricardo Mário Gonçalves.

sábado, 29 de agosto de 2009

Nichiren e o Esoterismo

Aos 11 anos, Nichiren (1222-1282), filho de um pescador, ficou órfão de pai e mãe e, já que não tinha parentes conhecidos, foi adotado pelo templo budista próximo à sua humilde casa, em uma aldeia, no leste do Japão.

Oterá (monastério-templo) Kiyosumi-dera, era o nome, e pertencia a linhagem Tendai. Lá o menino aprendeu todas as práticas devocionais de louvor ao Buda Amida, recitava mantras para as divindades esotéricas do panteão Tendai, estudando a budologia Mahayana e Theravada. Liam com reverência, como se fosse uma prece, e de fato é, todos os sutras do Grande Darma, abrangendo o máximo de linhagens possíveis.

Com o tempo, os sacerdotes de Kiyosumi-dera perceberam a inteligência do jovem Nichiren e ensinaram a ele, uma diversidade de práticas, tais como: o culto a Amida, práticas esotéricas secretas, mágicas e xamânicas. Esta influência de Amida e do esoterismo budista que aprendeu na juventude, o influenciou até o final de seus dias. Nichiren conversava com os espíritos.

Kiyosumi-dera era um templo do ramo esotérico Sanmon da escola Tendai e o principal objeto de adoração daqueles monges era o bodhisatva Kokuzo (Akasagarbha, em sânscrito). É a figura central nesta tradição. A sabedoria de Kokuzo é tão vasta quanto o espaço. Ele está sempre sentado em uma flor de lótus, segurando a espada que corta a ignorância.

Namo Sakyamuni, ó Buda Eterno, Buda Absoluto ! Namo Kokuzo, grande bodhisatva, vem do espaço infinito com a tua falange de santos seres de Luz, para nos abençoar, ensinar e proteger com tua sabedoria e discernimento. Namo Nichiren, mestre e amigo sejam todos bem-vindos !

Fonte: A Espiritualidade Budista, volume 2, autor-organizador Takeuchi Yoshinori, editora Perspectiva, 576 páginas, 2007.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Antigo Tisarana

Tisarana em língua páli, a língua que o Buddha falava, no século VI antes de Cristo, significa tomar refúgio.

Veja como era o texto na antiguidade:

“Sejam quais forem os espíritos reunidos aqui, pertencentes à terra ou viventes no ar, adoremos o Buda perfeito (Tataghata), reverenciado por deuses e homens; que haja salvação.

“Sejam quais forem os espíritos reunidos aqui, pertencentes à terra ou viventes no ar, adoremos o Dhamma perfeito, reverenciado por deuses e homens; que haja salvação.

“Sejam quais forem os espíritos reunidos aqui, pertencentes à terra ou viventes no ar, adoremos a Sangha perfeita, reverenciada por deuses e homens; que haja salvação”.

Fonte: o texto se encontra no livro Budismo, editora Zahar, 1964. O autor foi um conceituado orientalista inglês, Richard A. Gard. Ele cita como fonte The Sutta Nipata, Oxford, 1881.

Gard comenta que também se fala Ti-ratana ou Saranattaya. Explica ainda que é um ritual e era repetido três vezes ao dia: pela manhã, à tarde e à noite. É uma prece de salvação, de livramento, de proteção, de libertação.

Originalmente era uma prática mahayana, mas que todas as escolas e linhagens adotaram. “É um ato primordial e necessário de veneração. Um “ritual iniciador”.

Atualmente as versões do Tisarana são bem resumidas, mas fica aí o texto histórico.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A Prece dos 13 Budas

É um poderoso ritual da linhagem Shingon, Budismo Esotérico. O ritual consiste em um puja-liturgia.

A linhagem nasceu na Índia, na antiga universidade budista Vikramasila, que existiu mais ou menos, na mesma época da famosa universidade budista Nalanda, século 6.

Depois os missionários levaram este ensinamento para a China, com o nome de Chan Yen (Palavra Real), liderada pelo mestre Hui Kuo, que foi o professor do grande monge japonês Kobo Daishi (774-835), considerado por muitos um santo, fazia milagres semelhantes a Jesus. No Japão a linhagem adotou o nome Shingon (Palavra Verdadeira). Como as demais escolas budistas, há mais de um ramo Shingon.

Eis, resumidamente, os nomes dos 13 Budas, o devoto pode recitá-los, visualizando-os, com o auxílio de um terço (rosário), com 108 contas:

1 - Fudo Myoo (Guardião do Darma); 2 – Sakyamuni Butsu (Siddharta Gautama); 3 - Monju Bosatsu (Bodhisatva Manjusri); 4 – Fugen Bosatsu (Samanthabadra); 5 – Jizo Bosatsu (Ksitigarbha = Espírito Santo); 6 – Miroku Bosatsu (Maitreya); 7 – Yakushi Nyorai (Buda da Medicina); 8 – Kanzeon Bosatsu (Avalokiteswara = Kuan Yin); 9 – Seisshi Bosatsu (Mahasthamaprapta); 10 – Amida Nyorai (Amitabha); 11 – Ashuku Nyorai (Aksobhya); 12 – Dainichi Nyorai (Mahavairocana); Kokuzo Bosatsu (Akasagarbha).

Nossa reverência e imorredoura gratidão ao citá-los neste blog.

Nichiren, patriarca do Budismo Primordial, também fez treinamentosno Budismo Esotérico, era um monge plenamente ordenado, iniciado, autorizado e abençoado. Reverências e gratidão também a esse notável ser que foi Nichiren !

Fonte: em português há um pequeno livro publicado em 1979 pelo missionário brasileiro, reverendo Yukyo Ponce. Segundo informações recentes o monge Ponce encontra-se em Portugal. O prefácio deste livro é do professor doutor Ricardo Mario Gonçalves, da USP, que teve ordenação Shingon com o nome de Venerável Achariya Yuun.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Iluminação diária

Bem, você encontra iluminados todos os dias. Tão logo pisa do lado de fora de sua porta você encontra pássaros, cachorros, flores, o céu. A iluminação é algo para além da linguagem e do silencio. Encontrar cada coisa face a face, isso é importante: uma flor desabrocha, um cachorro late, o vento sopra. Devemos estar conscientes.

No dia 8 de dezembro, o dia* da iluminação, Siddharta encontrou a estrela da manhã – gentil, suave -, e atingiu a iluminação. Siddharta já havia visto as estrelas muitas vezes, mas, naquela manhã em particular, ele olhou para a estrela da manhã face a face. A estrela da manhã estava brilhando. Quando Siddharta encontrou aquela estrela brilhando, compreendeu, e começou uma nova vida.

Não intelectualize demais; a iluminação não necessita de intelectualização. Na vida, há o toque imediato, comunicação imediata – uma centelha entre as vidas. Para além da vida e do silêncio, há o mundo verdadeiro. Este é o mundo que todos os verdadeiros buddhistas experienciaram por si mesmos e revelaram aos outros. Todo o mundo está iluminado. Você está na iluminação. Apenas abra sua vida e encontre-a diretamente, intimamente. Para isso você necessita de consciência. Você tenta encontrar a iluminação em outros lugares, mas ela está aqui, em sua vida diária. A estrela está aqui brilhando.

Os parágrafos acima estão na página 17 do ótimo O Centro Dentro De Nós, de Sensei Gyomay Kubose, e tem como subtítulo: “o buddhismo na vida diária”. Tradução de Ricardo Sasaki, edições Nalanda.

Gyomay Masao Kubose (1905-2000) nasceu nos EUA, morou no Japão, onde fez a escola primária e secundária, ficou no país do sol nascente até 1922, depois seguiu para sua terra natal. Graduou-se em filosofia na Universidade de Berkeley, em 1925.

Foi um dos grandes monges e mestres do século 20. Segundo o tradutor, era um norte-americano com sangue japonês “sua combinação dos ensinamentos diretos do Zen com o afeto compassivo da Terra Pura. O Zazen e o Nembutsu numa única pessoa revelam já a natureza de seu ensinamento: uma suave junção de estilos, um compromisso pelo respeito a tudo e a todos”.

www.nalanda.org.br

(*) Na tradição mahayana, o dia da iluminação é comemorado em 8 de dezembro.

Ricardo Sasaki (Shaku Ryushin), o tradutor, é um dos grandes estudiosos e divulgadores do Dharma no Brasil e em Portugal. É ministro laico autorizado na linhagem do reverendo Gyomay Kubose, a quem conheceu, pessoalmente, em 1987, em Chicago, EUA.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Rogel Samuel

"Instante

Qual o apelo do instante?

Por que o instante é o eterno?

O passado é passado, nada vale. Já passou. É lembrança.

O futuro não existe, é invenção do pensamento, é fantasia, nunca será como nós pensamos”.

O texto acima é do escritor Rogel Samuel, ontem, em seu blog:

http://literaturarogelsamuel.blogspot.com

Leio diariamente o blog acima. Leio, medito e faço anotações em um caderno.

Mais do que escritor, Rogel é um grande mestre, de vida. Em sua sabedoria búdica ele não gosta que eu fale estas coisas.

Em 1970, adolescente, 18 anos, eu morava no Gama-DF, e li um artigo dele publicado no jornal alternativo Flor do Mal, uma referência ao poeta Baudelaire. Intelectuais de renome escreviam nesse tablóide.

O título do artigo: “A meditação segundo o Arahant”. Entre outras, falava do Centro de Meditação Budista que estava sendo construído no alto de Santa Teresa. Esse artigo norteou a minha vida para o Dharma. Minha gratidão !

Acessando o citado blog, o leitor vai ver a extensa produção literária de Rogel: romancista, jornalista, agora webjornalista, poeta, professor doutor em Letras da UFRJ. Vários livros e revistas publicados etc.

Manauara, nascido na bela capital do Amazonas, noto que o vigor da hiléia circundante, impulsiona a profusão do seu fazer literário.

sábado, 22 de agosto de 2009

Monges casados

Uma das originalidades do Budismo japonês é que os monges, nas mais diversas linhagens, podem casar e construir família.

Veja a origem:

“Shinran Shonin (1173-1262), fundador da escola Terra Pura, durante um período de cem dias de meditação, teve, no nonagésimo quinto dia, um sonho em que um bodhisatva lhe disse que tomaria forma humana para ajudá-lo a atingir a iluminação. Shinran perguntou, no sonho, como poderia reconhecê-lo quando o encontrasse. O bodhisatva respondeu: “Eu serei a mulher que você amará”. O rompimento do celibato no Budismo Terra Pura é uma resposta a uma manifestação do Buda, por meio do bodhisatva. Tem, portanto, uma origem espiritual. Desde então, monges e monjas podem casar e constituir família. Os monastérios passam a ser construídos nas cidades, a vida dos monges e das monjas se aproxima mais dos leigos, ocorre um retorno ao mundo no qual ressoa o ideal dos bodhisatvas de voltar ao samsara em benefícios de todos os seres. A vida em família, que agora ocorre também nos templos, revela-se um novo e rico espaço para a aprendizagem e prática do Dharma”.

Tempos depois, Shinran casou-se com Eshinni, filha de um samurai de alto escalão e tiveram filhos.

Certa feita, em uma carta, à filha mais nova, Eshinni fala da relação de respeito e confiança com o marido. Os dois empenhados na iluminação.

São várias cartas aos filhos, formam um volume. A esposa ajudou Shinran a produzir sua vasta obra. Eshinni era conhecida pelo caráter admirável.

Confirme os dados acima no excelente Budismo Da Terra Pura, 144 páginas, editado pela Comunidade Budista Sul Americana da Escola Jodo Shinshu Honpa Hongwanji. www.terrapura.org.br

A história acima lembra o ditado popular: atrás de todo grande homem sempre tem uma grande mulher.

Não esqueçamos de Siddharta Gautama, o Buda, ele era casado, ficou fora seis anos, como se Ele estivesse fazendo os cursos de graduação, pós, MBA, mestrado, doutorado e pós-doutorado. Ao conseguir a iluminação, voltou ao palácio. A mulher e o filho, ordenados monges, acompanharam os passos do Buddha na Senda.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Obama e o Pastor

Rick Warren foi o pastor que pregou, fez a oração e a bênção na posse do presidente Obama.

O reverendo Warren é o fundador da mega-igreja Saddle Back Church, com 30 mil membros, fica em Lake Forest, noroeste da Califórnia.

Ele é autor de vários livros, incluindo Uma Vida Com Propósitos, que já vendeu mais de um milhão de exemplares em várias línguas; considerado um clássico no setor. No Brasil foi publicado pela editora evangélica Vida e já está na 17ª impressão. Em função de seu sucesso como escritor e conferencista, Warren recusou o salário de pastor e encaminhou o valor para obras assistenciais.

Em 1º de dezembro de 2006, Rick convidou o então senador Barack Obama para uma palestra em sua igreja. Obama ocupou o púlpito e agradou bastante.

Tempos depois o reverendo Rick visitou a Síria e votou encantado, elogiando a nação, afirmando que lá reina a paz entre muçulmanos, evangélicos e outros grupos cristãos. Todos convivem pacificamente.

Claro, a direita não gostou dessas declarações e tratou de falar mal do pastor.

Fonte: www.editoravida.com.br com outros sites evangélicos.

domingo, 16 de agosto de 2009

O Zen na África

O livro Za-Zen, La Practica Del Zen, de Taisen Deshimaru, editora Cedel, Barcelona, 1976, informa que este consagrado autor e monge zen-budista japonês, radicado na França, abriu duas salas de meditação na Argélia, nas cidades de Colomb e Béchar; e mais duas no Marrocos, em Casablanca e Rabat.

Mestre Taisen Deshimaru (1914-1982) foi um semeador de sua linhagem Sotô Zen na Europa. Além do templo em Paris, onde residia, abriu salas de meditação em 19 províncias francesas.

Implantou ainda, locais de prática na Alemanha, Bélgica, Portugal; duas salas na Suíça, uma em Genebra e outra em Lausanne; na Itália são cinco salas: Firenze, Mantua, Milão, Turin e Veneza.

No Sri Lanka também há um grupo de prática.

Veja agora as palavras textuais desse ilustre mestre, página 15:

“O verdadeiro Deus existe. Ele não morre jamais, pois Deus significa a mais alta verdade ou a energia fundamental do universo. Deus existe.”

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O Evangelho de Buda

Um volume para toda vida. Para ser lido, praticado diariamente, consultado, meditado. Livro de cabeceira, apresentado em versículos.

O compilador Paulo Carus (1852-1919) era filósofo e orientalista, formado pela Universidade de Tubingen, Alemanha. Reuniu textos do Cânon Páli (Theravada) e Cânon Sânscrito (Mahayana).

Autor de vários livros, dentre os quais, Buddhist Theology. Foi precursor no estudo e pesquisa do Dharma como uma Teologia.

A editora Ésquilo, de Lisboa, lançou, finalmente, uma edição primorosa com várias ilustrações, 238 páginas.

Só nos EUA esta obra vendeu 3 milhões de exemplares, foi traduzida para vários idiomas. No Japão e no Sri Lanka, várias escolas e templos adotaram como leitura oficial.

O interessante é que, ao final, há um quadro de referências entre o Evangelho de Buda e os Evangelhos de Jesus. Deste modo, o leitor faz um belo estudo comparativo.

Vejamos alguns trechos do primeiro capítulo:

Alegra-te com as felizes novidades ! Buddha, nosso Senhor, encontrou a raiz de todo o mal. Ele mostrou-nos o caminho da salvação.

Buddha, nosso Senhor, traz conforto aos que estão cansados e cheios de dor; devolve a paz àqueles que estão abatidos pelo fardo da vida. Ele dá coragem aos fracos quando eles se dispõem a desistir da autoconfiança e da esperança.

Tu que sofres com as atribulações da vida, tu que tens de lutar e suportar, tu que anseias por uma vida de verdade, alegra-te com as felizes novidades !

Existe um bálsamo para quem está magoado e há pão para o faminto. Há água para o sedento e há esperança para o desesperado. Há luz para aqueles que estão na escuridão e há uma bênção inesgotável para o justo.

www.esquilo.com

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Sinal do Dharma

Os católicos têm o sinal da cruz e nós budistas temos o Sinal do Dharma.

Diariamente fazemos a roda do Dharma no ponto da Terceira Visão, entre as sobrancelhas. A roda do Dharma consiste em um círculo com oito raios e pode ser feito com um dos dedos.

Fazemos também a roda do Dharma em qualquer objeto, nas paredes da nossa casa, na porta de entrada, no escritórioantes de começar qualquer prova ou concurso, no automóvel, na sua bicicleta etc. Para que o objeto, momento ou local fique protegido. Antes das refeições, sobre o prato, para que o alimento fique abençoado etc. Em qualquer lugar ou tempo que o praticante ou simpatizante queira.

O oito raios também são os pontos cardeais e colaterais, as direções do universo.

O Senhor Buddha, no capítulo 20, versículo primeiro do Dhammapada é bem claro: “O melhor dos caminhos é o Caminho Óctuplo”, página 46, editora Pensamento, 1993.

O caminho Óctuplo consiste em: Palavra Correta, Ação Correta, Meio de Vida Correto, Esforço Correto, Plena Atenção Correta, Concentração Correta, Pensamento Correto, Compreensão Correta. Recite, diariamente como se fosse uma prece e de fato é. Recite e ponha em prática.

Na correria da vida moderna nem sempre temos tempo de fazer as meditações necessárias, os pujas, os mantras, as cerimônias, deste modo, o Sinal do Dharma, ao mexer em energias, equivale aos sinais de abertura do Reiki, abrimos portais energéticos presentes no universo.

O Sinal do Dharma é um Nembutsu gestual, silencioso, profundo, mas de grande significado que nos conecta com a energia de bilhões de budistas, amigos e simpatizantes do Senhor Buddha, encarnados e desencarnados que ao longo dos milênios se identicam com este maravilhoso Ser Supremo.

Para saber mais sobre Nembutsu recomendamos o excelente livro Mística: Cristã e Budista, do grande pensador japonês Darsetz Teitaro Suzuki, editora Itatiaia, 1976.

Mas faça o Sinal do Dharma com fé, acreditando nas bênçãos e não mecanicamente.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Desenhos Animados Budistas

Alguns livros do Mestre Ryuho Okawa, patriarca da linhagem Ciência da Felicidade, estão sendo transformados em desenhos animados de curta, média e longa metragens. O mundo inteiro conhece e admira o alto nível dos desenhos animados japoneses que passam nas televisões e cinemas dos mais diversos países.

Agora, com a iniciativa da Ciência da Felicidade, é o Darma no século 21 em ritmo de multimídia alcançando todo o planeta.

No Brasil, por enquanto, tais filmes são inicialmente exibidos nos seis centros da Ciência da Felicidade no estado de São Paulo. Quatro centros na capital: sul, leste, oeste, norte, pegando assim os pontos cardeais e reverenciando os Devas (Espíritos de Luz) das direções, solicitando autorização a eles para o crescimento da linhagem em terras brasileiras. E mais dois centros, um na cidade de Sorocaba e outro em Jundiaí.

Mas, em qualquer estado ou cidade do Brasil, tais filmes podem ser mostrados. É só os simpatizantes e praticantes reunirem-se em uma casa, convidarem o missionário de São Paulo e ele vem, gratuitamente, com o DVD para um agradável encontro.

Foi assim que outro dia, na Tijuca, RJ, vimos uma importante palestra-vídeo do Patriarca Okawa.

Os DVDs já estão legendados, dublados ou narrados em português.

Visite www.cfelicidade.com.br