domingo, 30 de março de 2008

Reverendo Xiang Jiong

É o venerável monge budista brasileiro, atualmente reside no circuito Malásia/Tailândia. A pronúncia do seu nome é Siên Djiông e significa “Aquele que tem a visão correta para distinguir entre o certo e o errado”.

Ele tem ordenações nas escolas Theravada e Terra Pura Chinês. Recentemente fundou a linhagem “Budismo Terra Pura Brasileiro”, com o aval do seu Grande Mestre Chee-Ming, 60 anos de idade e 40 de vida monástica.

O Venerável Grande Mestre Chee-Ming descende de uma linhagem de Grandes Mestres do Terra Pura Chinês e foi discípulo do, recentemente falecido, Grande Mestre Chuk Mor, considerado por muitos como uma das maiores autoridades em Buddhismo da atualidade.

O Venerável Grande Mestre Chee-Ming fundou e dirige, há mais de 10 anos, na Austrália, um Templo e um Centro de Meditação Terra Pura Chinês, uma tradição com 16 séculos de existência. Com o falecimento do Grande Mestre Chuk Mor, em Cingapura, Chee-Ming vai dirigir também este Templo e vai dividir o seu tempo entre os dois templos: Austrália e Cingapura.

O reverendo Xiang Jiong é o representante do Brasil em três importantes instituições budistas da Ásia: World Buddhist Summit Supreme Conference, com sede no Japão; Sakya Beneficence International Association, de Taiwan e World Buddhist Sangha Youth, do Sri Lanka.

O reverendo Xiang Jiong deve chegar ao nosso país em novembro próximo, para dar início à divulgação e expansão da linhagem Budismo Terra Pura Brasileiro.

Boas-vindas e os melhores votos de pleno êxito a este amigo no Darma !

sábado, 29 de março de 2008

Odaimôku para Antepassados

“No final do ano passado*, veio ao meu templo uma senhora de uns 50 anos de idade. Sua reclamação era em relação ao seu filho que já havia abandonado os estudos, pintado os cabelos, usava calças rasgadas e só queria saber de correr em alta velocidade de moto.

Disse-me que toda vez que lhe chamava a atenção ele a mandava calar a boca, e o pai quase apanhava toda vez que chamava-lhe a atenção.

Logo em seguida alertei a senhora dizendo-lhe:
- Isso é falta de rezar aos antepassados, é abandono.

Orientei-a colocar o oratório em sua residência e a iniciar as orações do Namumyouhourenguekyou. A senhora realizou as orações por uma semana. Logo depois disso seu filho começou a tomar consciência, pediu para mudar de escola e recomeçar do zero. Completou rapidamente os estudos e logo começou a trabalhar e ajudar a família. Literalmente deu a volta por cima.

Posso explicar isso dizendo que a oração enviada libertou os antepassados do sofrimento, desbloqueando assim a condição negativa que amarrava o filho dela”.

(*) O texto foi publicado originalmente em junho de 1986, na revista Magokoro (Verdadeiro Sentimento/Sinceridade) do Templo Koukunji, na cidade de Hakata, Japão. O autor é o bispo Kobayashi Shinguen).

- in revista Lótus, HBS-Curitiba, nº 77, ano 7, 2006.

sábado, 22 de março de 2008

Portão Original

“O sentido literal de Honmon seria “Portão Original” e de Butsuryushu “Budismo (Primordial)”

“Esta nova sociedade religiosa budista surgiu em 1857, como um movimento liderado por Nissen Nagamatsu para preservar intacta a doutrina de Nichiren. No decorrer dos tempos, os ensinamentos de Nichiren foram recebendo interpretações diversas que ocasionaram a cisão da doutrina, com o surgimento de vários grupos religiosos independentes. Desgostoso de ver tantas deturpações, Nissen quis voltar aos princípios genuínos dos fundadores e permanecer fiel às suas doutrinas. Apareceu assim o movimento religioso “Honmon Butsuryu” para salvar e resguardar o Verdadeiro Budismo idealizado por Nichiren (...) Foi reconhecido como uma nova religião independente da Nichirenshu em 1947.

“No Brasil possui (onze) templos espalhados pelos estados de São Paulo, Paraná (Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro). A sede central está (na capital paulista) no bairro de Vila Mariana. Um grupo muito pequeno, mas bem unido, de membros do movimento Honmon Butsuryu, estava presente em meio aos primeiros imigrantes que desembarcaram em Santos no dia 18 de junho de 1908”.

OZAKI, André Mazeo. As religiões japonesas no Brasil. São Paulo, Loyola, 1990, págs. 94 e 95.

- o autor é padre jesuíta, os termos entre parênteses são atualizações nossas.

domingo, 16 de março de 2008

O Lótus e a Cruz

“No segundo milênio antes da era cristã, antes que Abraão iniciasse sua viagem errante através dos desertos, que se estendem da Mesopotâmia até o Egito, à procura do culto do Deus Único, uma outra busca ardorosa e incansável do Todo-poderoso tinha começado no alto dos Himalaias. Em toda a extensão do vasto sul-continente indiano, a cultura dos invasores arianos já se tinha misturado à cultura, muito florescente, dos dravidianos. E desta fusão de raças e culturas havia nascido e se desenvolvera um prodigioso sistema de pensamento e de vida mística, que se caracterizou sempre por uma intensa e profunda busca do Absoluto. Assim tivera lugar, na Índia, mais de mil anos antes de Cristo, um acontecimento notável, que foi sem dúvida, um dos mais significativos surgidos em nosso planeta, desde o aparecimento do “Homo Sapiens”. Parece que, então, pela primeira vez na história, o espírito humano rompeu a barreira das representações sensíveis e chegou à intuição da Suprema Realidade. Foi esta realidade, que transcende ao mesmo tempo os sentidos e a razão – Brahman, que permaneceu desde esse momento até hoje, a inspiração das religiões indianas”.

O parágrafo acima faz parte do excelente livro O lótus e a cruz, autoria de Frei Raimundo Cintra e tem como subtítulo “hinduísmo e cristianismo”, publicado pelas Edições Paulinas, em 1981, com 216 páginas.

Já falecido, Frei Raimundo Cintra foi um dos pioneiros, em nossa língua, dos estudos orientalistas e da aproximação entre o pensamento da Índia e o catolicismo.

Estamos em um período de Semana Santa, uma data importante do calendário cristão. Vamos então ver alguns trechos do magnífico livro citado:

Palavras do Papa Paulo VI quando visitou a Índia, em 1964: “O vosso país é um país de cultura antiga, berço de grandes religiões e foco de uma nação que procurou Deus, com um desejo incansável, expresso nos cânticos de uma oração fervorosa. Raramente esta espera de Deus foi manifestada com palavras mais repletas do espírito do Advento, do que as que se acham escritas em vossos livros sagrados, muitos séculos antes da vinda de Cristo” (pág. 89).

“Ela (a Índia) recebeu do Todo-poderoso um dom excepcional de tudo o que pode ser espiritual. Desde o tempo dos Vedas e dos Upanichads, uma multidão inumerável de seus filhos foram grandes investigadores de Deus” (pág. 90).

“Esta busca de Deus é uma história que começou 2.000 anos antes do nascimento de Cristo e que perdura incansável até os nossos dias. Passou por inúmeras vicissitudes e se ramificou em numerosos sistemas filosóficos, escolas espirituais ou grupos religiosos” (pág. 90).

Antonio Carlos Rocha compartilha meditação, relaxamento e visualizações na ABPY, no terceiro sábado de cada mês, às 17:30 horas).

- Associação Brasileira de Profissionais de Yoga – Rua Domício da Gama, 40 – Tijuca – Rio – RJ – E-mail: abpy.rlk@terra.com.br – Fundada em 10 de setembro de 1973 – www.abpy.org.br

sábado, 15 de março de 2008

Todos somos Budas

“Nada falta em você. Você não é diferente do Buda” – Tao-Hsin.

Tao-Hsin (579-651) foi o quarto Patriarca do Zen na antiga China. Este princípio primordial influenciou muito o Mahayana (Grande Veículo). Nosso Grande Mestre Nichiren (1222-1282), Originador* da Tradição HBS, muito bebeu nessa fonte.

- FREKE, Timothy. Zen – palavra básica. São Paulo. Vitória Régia, 2000, pág. 79.

(*) Neologismo no sentido originário do termo. Fenomenológico, heideggeriano.

domingo, 9 de março de 2008

Buda e o Demônio

“Eu quero contar a vocês uma história sobre Buda e o Diabo. Um dia o Buda estava em sua caverna e Ananda, que era o assistente do Buda, estava de pé do lado de fora guardando a entrada. De repente Ananda viu Mara ( na língua páli é o demônio) aproximando-se. Ele ficou surpreso. Ele não queria aquilo e desejou que o Capeta sumisse. Porém, Mara seguiu direto para Ananda e pediu-lhe que anunciasse sua visita ao Buda.

Ananda disse: “Por que você veio aqui? Você não se lembra que nos velhos tempos você foi derrotado pelo Buda sob a árvore Bodi (árvore da iluminação)? Você não tem vergonha de vir aqui? Vá embora ! O Buda não o receberá. Você é mau. Você é inimigo dele”. Quando Mara ouviu isso começou a rir muito. “Você disse que o seu mestre falou que tinha inimigos?” Aquilo deixou Ananda muito embaraçado. Ele sabia que o seu mestre nunca falara em ter inimigos. Assim, Ananda foi derrotado e teve de entrar para anunciar a visita do Demônio, esperando que o Buda pudesse dizer: “Vá e diga a ele que não estou aqui. Diga que estou numa reunião”.

Contudo, o Buda ficou muito animado quando ouviu que Mara, um tão velho amigo, tinha vindo visitá-lo. “É isto verdade? Ele está mesmo aqui?” disse o Buda, e saiu pessoalmente para cumprimentar o Satanás. Ananda ficou muito perturbado. O Buda foi direto até Mara, fez-lhe uma reverência e pegou suas mãos de forma mais calorosa. O Buda disse: “Olá ! Como está você? Como tem passado? Está tudo bem com você?”

Mara não disse coisa alguma. Então, o Buda trouxe-o para o interior da caverna, preparou-lhe um lugar para sentar e disse a Ananda para ir fazer um chá de ervas para ambos. “Eu posso preparar chá para o meu mestre cem vezes por dia, mas preparar chá para o Diabo não é nada agradável”, pensou Ananda consigo. Mas, desde que era este o pedido do seu mestre, como poderia recusar-se? Então, Ananda foi preparar um pouco de chá de ervas para o Buda e seu assim chamado hóspede, porém, enquanto fazia isto, ele tentou escutar a conversa deles.

O Buda repetiu muito calorosamente. “Como tem passado? Como vão indo as coisas para você?” E o Demônio disse: “As coisas não vão nada bem, eu estou cansado de ser um Diabo. Eu quero ser outra coisa.”

Ananda ficou muito assustado. Mara prossegui: “Você sabe, ser um Demônio não é coisa muito fácil. Se você fala tem que falar enigmaticamente. Se você faz qualquer coisa, você tem de ser ardiloso e parecer perverso. Eu estou muito cansado de tudo isso. Mas o que eu não consigo suportar são os meus discípulos. Agora eles estão falando em justiça social, paz, igualdade, liberação, não-dualidade, não-violência e tudo mais. Já estou cheio disto ! Eu acho que seria melhor se eu os mandasse todos para você. Eu quero ser outra coisa”.

Ananda começou a tremer porque ficou com medo que seu mestre decidisse trocar de papéis. Mara se tornaria o Buda e o Buda se transformaria em Mara. Isto o deixou muito triste.

O Buda escutou atentamente e se encheu de compaixão. Finalmente, ele disse suavemente: “Você acha que é divertido ser um Buda?” Você não imagina o que os meus discípulos tem feito a mim ! Eles põem palavras em minha boca que eu jamais pronunciei. Eles constroem templos por demais vistosos e colocam estátuas minhas em altares para atrair bananas, laranjas e arroz doce, para fartarem apenas a si mesmos. Eles me empacotam e fazem do meu ensinamento um item de comércio. Mara, se você soubesse o que realmente é ser um Buda, eu estou certo de que você não gostaria de ser um.” E depois disso, o Buda recitou um longo verso sintetizando a conversação.”

Conclusão da história: o mal e o bem estão em nosso interior.


(trecho adaptado do livro “O coração da Compreensão”, do monge vietnamita Thich Nhat Hanh, Editora Bodigaya, 2000, págs. 66 a 70).

sábado, 8 de março de 2008

Primórdios do Budismo Vietnamita no Rio

“No ano de 1973 eu residia na Vihara (mosteiro) Budista do Rio de Janeiro, em Santa Teresa. Nessa época eu era o Secretário da Sociedade Budista do Brasil, um centro regional da World Fellowship of Buddhists, com sede em Bangkok, Tailândia. Em função do cargo, entrava em contato com inúmeras entidades na Ásia, na Europa e nos EUA.

Qual não foi a minha alegria quando recebi uma carta do Sr. Leopoldo Carol Goldenzweig colocando-me em contato com o Venerável Dr. T. T. Anuruddha, diretor do Instituto de Budologia de Vung Tau, no antigo Vietnã do Sul.

A partir daí iniciamos uma correspondência que durou até o fim da “guerra do Vietnã”, quando, infelizmente, perdemos o contato. Regularmente me enviavam livros, folhetos e material diverso do referido instituto.

O Venerável Dr. T.T. Anurudha era um conceituado monge e ocupava na hierarquia monástica o grau de “Mahathera”, isto é, “Grande Sábio”. Tinha ordenação tanto no budismo mahayana, o chamado “grande veículo”, quanto no vajrayana, o budismo tibetano. “Aqui no Vietnã – escreveu-me certa feita – somos, em geral, muito tolerantes e fizemos uma síntese de todas as escolas do Budismo”. É sobre esta síntese, chamada Thien, que trata este pequeno livro.

O abade do Instituto de Budologia de Vung Tau era alemão de nascimento. Passou a maior parte de sua vida peregrinando pelos templos da Ásia. Quando o conheci – através de cartas e fotos – tinha 60 anos, mas não aparentava a idade. Poliglota, dominava várias línguas européias, inclusive o esperanto – língua corrente no instituto. Antes de radicar-se no Vietnã, onde pretendia ficar até o final dos seus dias, percorrera vários países do Ocidente pregando a sua síntese.

Thien – A Sabedoria do Vietnã é também dedicado a este longínquo professor e, por extensão, ao Sr. Leopoldo Carol Goldenzweig. Sem os quais, esta obra não teria sido possível”.

(Nota de abertura do livro Thien – A Sabedoria do Vietnã, de Antonio Carlos Rocha, Ediouro, 1988, 106 páginas).

- Entusiasta da Língua Internacional Esperanto, o Venerável Dr. T.T. Anurudha traduziu para esta língua o Dhammapada, o livro clássico atribuído a Sidarta Gautama, o Buda. Este exemplar e outros pequenos folhetos, em esperanto, sobre o Buda e o Budismo, doei na época, para a biblioteca de um Grupo de Estudos do Esperanto, ali no centro da cidade do Rio de Janeiro, no Largo da Carioca, portanto, até hoje, 2008, quando publico no blog estas linhas, tais volumes devem estar lá.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Núcleo de Estudos Búdicos

Organize um Núcleo de Estudos Búdicos em sua cidade, em sua rua, em sua quadra, em seu bairro, em seu quarteirão, em sua esquina, em seu condomínio, em seu play-ground, desde que a convenção do condomínio permita; enfim, no seu estado.

No início pode ser na sua casa, ou na residência de uma outra pessoa. As reuniões podem também ser móveis. Recomenda-se, pelo menos, uma reunião semanal, cada dia na casa de um. Ou então pode estabelecer-se um local público. Uma escola, um colégio, um clube, uma biblioteca etc.

Se você quiser se vincular ao Núcleo Shakamuni do Rio de Janeiro, ótimo. Seja bem-vindo ! É só entrar em contato via e-mail e solicitar as informações. Daremos as instruções necessárias, à medida que as perguntas surgirem.

Para os que não nos conhece, segue um mini curiculum vitae búdico: nesta vida, estamos há 40 anos caminhando diuturnamente com o Senhor Buddha e toda a sua falange espiritual composta de Bodhisatvas, Mahasatvas, Mahasiddhas, Devas do bem e outros mais de diversas dimensões. Caminhando e aprendendo. Pois este aprendizado é infinito. Temos 12 livros publicados, sendo um virtualmente, os outros 11 na forma impressa. Várias edições e quase 1000 (mil) artigos dispersos em jornais e revistas do Brasil e Portugal. Além disso, a gradução, o mestrado e o doutorado, todos strictu sensu, em Ciência da Literatura, na UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro, foram dedicados a Sidarta Gautama e aos seus ensinamentos. O mesmo acontece agora, em 2008, com o pós-doutorado, em Literatura Brasileira, na UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Você pode também, mediante o que decidir a maioria do seu núcleo, sempre democraticamente, se ligar a outras das tantas e boas linhagens budistas presentes no Brasil.

Você pode e deve fazer um Núcleo de Estudos Búdicos completamente independente. Estudando os aspectos filosóficos, científicos e religiosos do Budismo e suas várias escolas, linhagens, ramos e afins.

Observe que ao longo deste blog e do outro blog, que a partir daqui, você também pode acessar, há uma variedade muito grande de livros que sempre indicamos, sugerimos, recomendamos, à medida que vamos lendo, resenhando e comentando. Todas as referências bibliográficas são bem claras, facilitando o trabalho do leitor. Nosso propósito é divulgar o Darma em terras brasileiras e no âmbito da língua portuguesa.

Antonio Carlos Rocha = antoniocpbr@click21.com.br

domingo, 2 de março de 2008

Orientação de Danny Nagashima - segunda parte

Esqueça o lixo do passado. Lembrar e relembrar... só fará com que você se sinta mais impotente. Ponha isso de lado. De hoje em diante, recite Na Mu Myou Hou Ren Gue Kyou realmente para ser aquela pessoa de ilimitada auto-estima. Aprecie tudo sobre você e sua vida: todas as coisas sobre você, que fazem você único(a) e maravilhoso(a). e acredite, todas aqueles coisas – as dores de cabeça – servirão para inspirar outras pessoas. Isto é o que você precisa para dividir sua experiência. Focalize apenas em aflorar sua grandiosidade. Esta é a oportunidade que você precisa para continuar, desta forma você será maravilhosamente vitorioso(a). Assim você poderá realizar seus sonhos.

Se você focar nisto, valorizar, de fato, sua vida, tudo irá se encaixar, e de forma muito melhor. Você sentirá e conhecerá seu próprio valor, seu auto-respeito. Isto é algo que ninguém poderá te dar – o Universo está te mostrando o material necessário.

Quando você recita NA MU MYOU HOU REN GUE KYOU desta forma, um monte de lixo vem à tona. Um monte de negatividades – sentimentos terríveis afloram. Deixe que isso se vá como um vírus, uma gripe, e transforme a escuridão inata. Veja o lado iluminado de seus medos. Nós sempre atraímos para nossas vidas aquilo que combina com nossa condição de vida. Recite o Odaimôku para sentir uma alegria incrível sobre você, seus valores.

Não se sentir capaz de realizar alguma coisa em sua vida é uma manifestação de seus sentimentos de que você não é bom/boa para nada. Se você puder guiar a si mesmo a lugares onde possa ver concretamente o milagre de sua própria vida, a grandeza de sua vida, tudo mudará completamente. Você tem que acreditar em você mesmo(a). Quando olhamos para o Gohonzon, devemos dizer: “Reverencio minha própria vida”.

É muito importante evidenciar nossa própria grandeza. Este é o momento de começar. Sua vida é o Gohonzon.

Tanto quanto uma linda peça de arte merece uma resposta, ou um grande livro toca nossas vidas de forma especial, temos que fazer surgir a natureza de Buda em nossas vidas. Está bem aqui ! O Gohonzon é o veículo perfeito para evidenciar nosso grande potencial.

Quando você demonstra seu Estado de Buda, você evidencia sua força, alegria, sua condição de vida vibrante. Você leva esta condição brilhante de vida para o mundo e muda o ambiente. Não estamos necessariamente recitando para comprar uma casa, um carro, ter novos e bons relacionamentos... mas estamos recitando para elevar nossa condição de vida e atrair a felicidade. (continua) ...

(trechos do site “As Mais Belas Histórias Budistas”: www.vertex.com.br/users/san )

- a primeira parte deste artigo foi publicada na edição de janeiro/2008 do boletim HBS Rio, ver neste blog -