quinta-feira, 22 de novembro de 2007

"Oomôto" significa "Grande Origem"

“A Oomoto cultua o Grande Deus do Princípio Criador. Deus é um só, embora as religiões lhe dêem nomes diferentes: Jeová, Senhor, Alá.
“Para a Oomoto, todos os Mestres foram instrutores divinos: Cristo representa a piedade. Buda Sakyamuni, a harmonia. Confúcio, a sabedoria e Maomé a coragem.
“Os indivíduos, da mesma forma, expressam um desses atributos em maior grau. O novo Mestrre terá todas essas qualidades. Como dizem os teosofistas, o Cristo da Era de Aquário e o Buda Maitreya são o mesmo Mestre que virá para iluminar a humanidade”. – folhetos: nº 1 e 2 da Oomoto do Brasil.
Fundada em 1892 pela Senhora Nao Deguchi (1837-1918) é uma filosofia de inspiração Xintoísta, presente em vários países. Desde muito criança, Nao unia os princípios budistas e xintoístas. Sua família pertencia à linhagem Konkokyo (Luz de Ouro).
Em 8 de novembro de 1980, Sua Santidade o Dalai Lama visitou a cidade de Kameoka, no Japão, um dos locais sagrado da Oomoto. A língua oficial desta corrente é o Esperanto, uma língua internacional criada pelo polonês Zamenhof, em 1887.
A Associação Religiosa Oomoto chegou ao Brasil em 1924. A sede fica em Jandira, SP, publicam mensalmente o jornal “Hakkoen”.
É uma turma sempre alegre e com um ótimo astral ! Nosso blog irá, com freqüência, falar das obras dessa religião de paz, harmonia e beleza. Um grande e fraterno abraço aos oomontanos.
Conheça o site www.oomotodobrasil.org.br e falecom@oomotodobrasil.org.br

domingo, 18 de novembro de 2007

Três Sutras Budistas

Carlos Lessa é um grande estudioso do Budismo no Brasil, de longa data. O seu site www.geocities.com/callceb/ já foi visitado por mais de 40 (quarenta) mil pessoas. Ele mantém o virtual Centro de Estudos do Budismo, com ótimas informações sobre diversas linhagens, textos e esclarecimentos gerais para os pesquisadores e o grande público.

É também tradutor de algumas excelentes obras e as edita de forma artesanal, alternativa, na forma de espiral, mas o conteúdo é muito importante.

É o caso deste “Três Sutras Budistas” que tem como subtítulo “um estudo das palavras do Buddha”. Ele aborda os sutras: “Pondo em Movimento a Roda da Lei”; “O Sutra do Não-Eu ou Impessoalidade” e “O Sutra do Fogo”.

São textos da tradição Theravada, mas no final Lessa os relaciona com o Zôagon Mujokyô, “Sutra da Impermanência”, em japonês, e o He Prajna Paramita Hrdaya Sutra, conhecido como o “Sutra do Coração”, ambos de linhagens Mahayana.

A edição deste opúsculo é de 1997, mas a atualidade é perene. Nos mostra a Palavra do Senhor Buda !

A tradução, adaptação e notas de Carlos Lessa teve como base o livro do Venerável Nanamoli Thera, Three Cardinal Discourses of the Buddha, publicado dentro da coleção “Wheel”, um selo da Buddhist Pali Society, do Sri Lanka.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Religiões Comparadas

Religionswissenschaft – Disciplina (ciência da religião) ou grupo de disciplinas que equivale à história das religiões, à religião comparada e à fenomenologia da religião, ou que as compreende. A comparação das religiões começou na Grécia antiga (já no tempo de Xenófanes, no fim do século VI AEC – antes da era cristã). Recentemente, o crescimento do vasto cabedal de informações (provenientes de viajantes, mercadores, missionários etc) estimulou as tentativas para ordená-lo e organizá-lo. Religião Comparada passou a ser o título oficial (porém enganoso) do trabalho de descrever e classificar muitas religiões com os olhos voltados para as suas similaridades e diferenças. No intuito de evitar a prevenção (quer religiosa, quer anti-religiosa) e o dogmatismo (em relação à veracidade ou superioridade de determinada religião) discernidos em muitos estudos realizados no século XIX, as histórias da religião tendem a ser específicas, focalizando apenas uma tradição ou área cultural. Os estudos mais gerais pertencem ao terreno da tipologia (estrutural ou histórica) e à disciplina que antigamente a incluía, mas que agora se distingue cada vez mais dela: a fenomenologia da religião. De todas elas estão agora separadas, de um lado as Ciências da Religião e, de outro a Filosofia da Religião e a Teologia. O que se pode depreender claramente de tudo isso neste século é que, para entender o significado de Religião, para apreciar-lhe a posição como aspecto significativo da cultura e para compreender-lhe as variadas estruturas e inúmeras funções, será necessário fazê-lo tão-somente através da cooperação de estudiosos de muitas disciplinas, num estudo acadêmico polimetódico, que alie o rigor à sensibilidade.

- John R. Hinnells. Dicionário das Religiões, Ed. Cultrix, 1991, p. 232.

(o autor é professor do Departamento de Religião Comparada da Universidade de Manchester, Inglaterra; e coordenou, para a feitura deste dicionário, uma equipe internacional de especialistas na área).

domingo, 11 de novembro de 2007

Linhagem Daijokyo chega ao Brasil

Aos estimados cidadãos de Belo Horizonte:
Em primeiro lugar, gostaria de expressar minha grande felicidade e honra de
poder encontrar-me com os Senhores aqui presentes e, ao mesmo tempo,
agradecer-lhes profundamente por estar sendo hoje brindado com esta
maravilhosa oportunidade de apresentar-lhes a religião budista Daijokyo.
A religião budista Daijokyo, foi fundada em Nagoya pela Reverenda Tatsuko
Sugiyama a uns 90 anos atrás, como congregação que se dedica ao lar e
professa a “Lei Mística do Sutra de Lótus (Hokekyo)”, o máximo ensino do
divino Buda.
Por convicção da Reverenda Tatsuko Sugiyama, viemos transmitindo o ensino
do divino Buda, tendo em mente o seu grande sentido ao ser praticado na
própria vida familiar e não ao ser venerado como algo distante pelos que
vivemos no presente.
Ainda mais, acreditamos que o divino Buda, na filosofia original, sempre
desejou a felicidade do maior número de pessoas, através da Doutrina do Sutra
Hokekyo.
A Reverenda Tatsuko Sugiyama, durante a sua vida, a convicção pela Doutrina
da religião budista Daijokyo antes mencionada, concentrou como palavra de
promessa na seguinte maneira:
“WARE ENBUDAI NO TAIYO TO NARAN”,
que significa:
“Assumamos a função do Sol de iluminar o mundo inteiro, pondo em
prática a Doutrina do Sutra Hokekyo por própria vontade”.
Para por em prática a palavra de promessa, a Reverenda Tatsuko Sugiyama,
por um lado, dedicava-se a orientar o ensino do Sutra dia e noite e, por outro
lado, a socorrer as vítimas dos grandes desastres, as pessoas discriminadas
por serem portadoras da doença de Hansen (lepra), etc., obtendo magníficos
resultados.
1
Estas atividades de Assistência Social, recentemente, estão chamando a
atenção dos estudiosos da História Moderna do Japão e, em algumas ocasiões,
a Reverenda Tatsuko Sugiyama é denominada “Mãe dos Voluntários”.
Após o falecimento da fundadora, a Daijokyo, para cumprir a promessa,
realizou a atividade de propagação da Doutrina do Sutra Hokekyo, não
somente às pessoas do Japão, mas também ao povo da Índia, terra de origem
do Budismo.
Ao mesmo tempo, realizou atividades de Assistência Social, através de
administração escolar, distribuição de medicamentos, etc..
Por estas atividades, reconhecidas pela Ex-primeira-ministra da Índia, Indira
Gandhi, em 1973, tivemos a honra de receber o “Osso Sagrado do Divino
Buda”.
Em 1983, recebemos a autorização de construir um templo anexo em
Buddhagaya, Terra Santa dos budistas, onde o Divino Buda alcançou a
iluminação e, em 1989, também em Buddhagaya, construímos uma estátua de
Buda de 25 metros de altura.
Nesta oportunidade, na cerimônia de retirada do véu, tivemos a honra de ter a
participação da Sua Santidade Dalai Lama do Tibete.
Às pessoas que desejarem mais informações, solicitamos que vejam os
informativos que serão distribuídos posteriormente ou que acessem o Website
da religião budista Daijokyo.
O que nos faz acreditar ser uma lástima é a nossa falta de contato com o povo
brasileiro. Isto ocorreu por faltar-nos esforço e oportunidade de visitarmos o
Brasil até hoje.
Se tivéssemos solicitado, talvez pudéssemos ter tido a oportunidade de visitar
este país.
A maior razão de não termos conseguido essa oportunidade, sem dúvida, foi
devido à nossa negligência.
2
Na realidade, pelas informações que temos, é evidente que a nossa Reverenda
Tatsuko Sugiyama, durante a sua vida, sempre teve forte desejo de propagar a
religião budista Daijokyo no Brasil.
Na realidade, para transmitir a verdadeira lógica da Doutrina do Sutra Hokekyo
ao povo brasileiro, que tem a cultura e o idioma diferentes dos nossos, é um
tema que pode-nos causar grandes dificuldades.
Não obstante, nesta oportunidade de hoje, que tanto esperávamos, gostaria
poder dar o primeiro passo para iniciar a propagação da Doutrina da Daijokyo
no Brasil e poder realizar o sonho desenhado pela nossa Reverenda Tatsuko
Sugiyama.
Felizmente, temos várias famílias nesta cidade de Belo Horizonte que, há
muitos anos, recebem a nossa edição mensal “Houto”.
Se possível, o nosso grande desejo é ampliar o círculo de propagação do
Doutrina da Daijokyo, realizando tal atividade em mútua colaboração com estas
pessoas que recebem a nossa edição e que, no futuro próximo, consigamos
colher os frutos, na qualidade de Centro de Propagação.
Para finalizar, gostaria de comunicar-lhes que estaremos rezando sempre pela
felicidade e prosperidade de todos.
“Namu-Myo-Ho-Ren-Ge-Kyo (Eu dedico a minha vida à Lei Mística do
Sutra de Lótus).”
Hoyo Sugisaki
Presidente da Daijokyo

sábado, 10 de novembro de 2007

Butão: botão de Buda

(poesia do monge Hakuan)

Butão
simbólico botão
não é só um país
é um plano espiritual
um estágio
na infinita caminhada

compreender é viver

Butão - botão - dragão
semente - flor
plante - desenvolva - cultive
colha essa luz

há um Butão
em cada um de nós
há um botão
semente de Buda
em todos nós.

no mais
um abraço do
amigo Dragão.

domingo, 4 de novembro de 2007

Adote Uma Árvore, boletim nº 5, novembro/2007

Adote Uma Árvore
Santa Teresa, RJ, nov/07 – Ano I – nº 5
antoniocpbr@click21.com.br
http://budismoprimordialrio.blogspot.com
Antonio Carlos Rocha (escritor)
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Editorial:
AME O SEU BAIRRO

Em tempos idos, a ditadura inventou um slogan parecido. Naquela época os poderes constituídos, na marra, afirmavam: “Brasil: Ame-o ou deixe-o”. Na verdade, eles tentavam confundir o regime e a opinião pública. Os governantes são transitórios, passageiros o país não. E assim, com o passar do tempo, passou-se a misturar os governantes com a nação, com os estados, com os municípios.
São coisas bem diferentes. Os governantes, os políticos, os poderes, as pessoas, os partidos quaisquer que sejam eles, são transitórios, são passageiros, efêmeros, podem até demorar um pouco no cenário público, mas um dia passam, como, aliás, tudo nessa vida – e esta é uma das grandes lições do pensador Sidarta Gautama, o Buda.
O país permanece, ainda que o estraguem. Os estados continuam, ainda que os depredem. Os municípios sobrevivem “aos trancos e barrancos” como diria Darcy Ribeiro, em memorável livro de mesmo nome. O planeta sobreviverá, com outras formas de vida, e não necessariamente a vida humana.
Urge, portanto, resgatarmos o lado saudável do amor à Pátria, e não apenas só em tempo de Copa do Mundo. O amor ao Estado, o amor ao Município, o amor ao bairro, o amor à rua onde você mora, à esquina onde você vive etc.
Seu bairro é uma espécie de sua segunda casa. Se você não cuidar de sua casa quem é que vai cuidar? Estamos mal acostumados a pensar, a achar, a julgar e a agir como se os governos e os governantes fossem responsáveis por tudo (não são e, na verdade, as elites – palavra da moda - adoram isso porque enquanto assim pensarmos elas se perpetuam na direção, no poder).
Certamente, a primeira forma de amar o seu bairro é democraticamente participar da AMAST. Venha para somar, para ajudar, sem tentar repetir o lamentável jogo de poder que as elites fazem. Pois enquanto as elites fazem o jogo do poder, jogam em cima de nós um pesado jugo.
Moradores e amigos de Santa Teresa: amemos o nosso bairro.


* Na última edição do “Amast na Praça” e deste “Adote Uma Árvore” descobrimos que a centenária amendoeira que abrilhanta o Largo do França está doente. Já entramos em contato com a Fundação Parques e Jardins e envidaremos esforços para cuidar desta nossa querida irmã do reino vegetal. Mudas de plantas também foram distribuídas. A atriz Tânia Scher adotou a referida amendoeira e um casal tornou-se padrinho e madrinha da soberana árvore.

* “Amast na Praça” é uma espécie de Ouvidoria do bairro. Começa a ganhar espaço e receptividade. Fomos convidados para realizar um “Amast na Praça” nas escadarias da Rua Joaquim Murtinho. Veja a nossa agenda: 15 de dezembro de 2007 – no Mirante Guardas do Imperador (em frente ao Corpo de Bombeiros); 19 de janeiro de 2008 – na Esquina das Carmelitas (confluência das ruas Hermenegildo de Barros, Dias de Barros e Ladeira de Santa Teresa); 16 de fevereiro de 2008 – escadarias da Rua Joaquim Murtinho. Sempre no terceiro sábado de cada mês, de 11 às 14 horas.

* “Adote Uma Árvore” é um boletim mensal, artesanal, virtual e impresso. Edições anteriores veja no blog acima citado.

* Se você concordar, pode tirar cópias e passar adiante. Obrigado !

* Mantenha a cidade limpa e o seu bairro também. Não jogue esta folha no chão. Se não quiser deixe em uma banca de jornal. Peça ao jornaleiro, sempre vai aparecer alguém interessado.

*Agradecemos ao Mike’s Haus pela acolhida deste “Amast na Praça”, local: Vista Alegre.

* A Fundação Darcy Ribeiro, em co-edição com a Universidade do Norte Fluminense, lançou os números 2 e 5 do “Caderno Fazimentos”: O nº 2 é sobre a vida e a obra desse grande brasileiro. O nº 5 é dedicado a Tatiana Memória, presidente da instituição, recentemente falecida. Houve também o lançamento do DVD “Darcy Ribeiro, o Guerreiro Sonhador”. Um trabalho primoroso. Parabéns às equipes que produziram tanto o filme quanto os cadernos.

* Espaço Saúde: serviço terapêutico acessível a todos: psicologia clínica, fonoaudiologia, terapias holísticas, bioenergia, reiki e mais aulas de artesanato; pintura em tecido, pintura Bauern Malerei, pintura decorativa, pintura country, chochet, tricot, patchwork na Catedral Anglicana de São Paulo Apóstolo.

* “Sei que existe quem diga que é uma coisa idiota fazer esse estardalhaço por causa de uma árvore. É devido a esse tipo de pensamento que uma, duas, três milhões de árvores são incessantemente destruídas em nosso país. E isso me preocupa, quer seja um milhão de árvores, quer seja apenas uma. Sou um dendrólatra” – Rubem Fonseca, escritor. (chegou às nossas mãos um recorte de jornal, sem identificação e sem data, com a declaração acima. Imaginamos ser de O Globo, pois a foto que ilustra a matéria é de autoria de Joaquim Ferreira dos Santos, que assina a página “Gente Boa” no Segundo Caderno).

*Carta de Leitora: “Acrescentaria o péssimo estado de iluminação pública que deixa vários trechos de ruas totalmente as escuras. O péssimo serviço da Rioluz órgão municipal. Ainda sobre a falta de manutenção e preservação dos nossos bondes. Dois bondes funcionando é um absurdo” – Cida C. Silva, por e-mail.

* Colaboração de Leitora: “Os visitantes não conhecendo o bairro dirigem em alta velocidade como se aqui fosse pista de corrida, ou treino. Batem nos carros e fogem. Nós ficamos no prejuízo. Tinha que ter placas avisando que devem dirigir DEVAGAR, CURVA PERIGOSA, MÃO e CONTRA-MÃO. Já pedi, mas até agora nada. Parabéns a todos vocês”. – Maria Clark, por e-mail.

* “Jamais me agradou a explicação do delito pela pobreza. Existe uma grande quantidade de pessoas muito pobres que são corretas e respeitam a lei de maneira admirável. Essas pessoas associam sua identidade ao respeito dos limites. Lembro-me que, durante minha primeira campanha eleitoral, um dos meus rivais defendeu a teoria que era necessária uma política social para reduzir o crime. Respondi a ele até de forma agressiva. Dizendo que a política social tinha o seu próprio fundamento. Justificar o combate à pobreza pelo combate à criminalidade é explorar o medo das classes média e alta como o fundamento da ação política” – Antanas Mokus, prefeito de Bogotá por duas vezes (Le Monde Diplomatique Brasil, agosto/2007) – colaboração de Álvaro Braga.

* Livros do mês: Débora Franco Lerrer é jornalista com mestrado na ECA-USP e doutoranda em “Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade” na UFRuRJ. Seus dois livros são Reforma agrária os caminhos do impasse, Editora Garçoni, 2003 e “A degola” do PM pelos sem-terra em Porto Alegre – De como a mídia fabrica e impõe uma imagem, 244 páginas, Editora Revan, 2005. O jornal Le Monde Diplomatique, na França, elogiou o seu trabalho e a sua pesquisa. Uma desconstrução dos meios de comunicação.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

A Experiência da Morte

Hoje é Dia de Finados no Brasil. Todas as tradições religiosas têm a sua forma de abordar esta questão. A morte, realmente, é uma questão, um enigma, uma incógnita.

As linhagens budistas ensinam uma coisa importante: no seu último suspiro, nos seus últimos momentos tenha pensamentos elevados, virtuosos, bons. Procure se lembrar disso, não se esqueça, por maior que seja a dor no último instante desta dimensão.

É importante também você pedir, de vez em quando, ao longo da vida, aos seus guias, aos seus devas, aos seus anjos, aos seus protetores espirituais que você tenha uma passagem, um desencarne suave. Que na hora H você esteja assistido por uma plêiade de Espíritos de Luz.

É preciso ver a morte fazendo parte da vida. Apenas, uma experiência a mais.

Maiores detalhes você pode encontrar no ótimo livro “Morte, Estado Intermediário e Reencarnação no Budismo Tibetano”, editora Pensamento, 1987. Autoria de Lati Rinbochay e Jeffrey Hopkins.

Um pequeno grande livro com 100 páginas. O Venerável Lati é abade em um colégio de lamas. Jeffrey é professor de Budismo na Universidade de Virgínia. O preâmbulo é de Sua Santidade O Dalai Lama.

A obra apresenta, em tradução comentada, um texto do século XVIII. Com detalhes explica o processo e os estágios da morte, da entrada no estado intermediário entre esta vida e a seguinte.

Reverências e gratidão aos nossos familiares, parentes e amigos já falecidos. Muito obrigado a todos eles ! Que eles estejam abençoados pelos protetores espirituais.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Boletim nºs.14 e 15 = out/nov = 2007

Budismo Primordial HBS
Rio de Janeiro, out/nov – 2007 – nºs 14 e 15
Hakuan (Antonio Carlos Rocha)
Gakutô (Auxiliar Sacerdotal)
antoniocpbr@click21.com.br
http://budismoprimordialrio.blogspot.com



Editorial:

Palavras Dármicas

Todo mês o leitor encontra, na última página de nosso boletim, um trecho inspirado no Sutra Lótus que é uma prática espiritual básica para o Budismo Primordial HBS. Em português, o título ficou “24 Palavras Dármicas”. Colocamos entre parênteses, só mais uma palavrinha para explicar o termo “bossatsu” que vem a ser o conhecido “bodhisatva”. Aquele ou aquela que contém e si a semente do Estado de Buddha.
Estas palavras dármicas, na verdade, são a recomendação do Buda Sakyamuni quando, ao falar do Caminho Óctuplo, ele nos indicou como norma de vida a palavra correta. Pelos mais diversos motivos sabemos que é difícil vivenciar a palavra correta, mas não tem outro jeito, não tem outro caminho. Se quisermos trilhar o ensinamento que Sidarta Gautama nos deixou, que o Patriarca Nichiren nos legou e o Mestre Nissen nos estimulou a praticar não há outra saída senão o aprendizado búdico através da palavra correta. Claro, lógico e evidente que outros aprendizados búdicos interagem com a palavra correta e não somente ela.
Vejamos a seguir uma historieta que faz parte do Sutra Lótus e nos foi contada pelo Grande Mestre Zen, do século XX, Taisen Deshimaru, que viveu em França. Está na pág. 159 do ótimo livro “A Tigela e o Bastão”, publicado pela editora Pensamento, em 1990.
Observe que o conteúdo é o mesmo das “24 Palavras Dármicas”. Eis o conto:
“No Sutra Lótus há a seguinte história:
Um bodhisatva continuou fazendo zazen todos os dias durante anos. Não era muito inteligente. Não sabia escrever nem recitar sutra nenhum. Mas cada vez que encontrava alguém, nem que fosse um escravo, manifestava muito respeito. Fazia sempre gasshô (reverências) e, às vezes, prosternava-se-lhes aos pés, dizendo:
- Eu voz respeito, porque sois um grande Buda.
Um dia, porém, pessoas más tomaram-no à parte e se zangaram:
- És idiota ou estás zombando de nós! Não podemos acreditar em tuas palavras.
Escorraçaram-no a pauladas.
O bodhisatva fugiu mas, mesmo correndo, repetia em voz alta:
- Eu vos respeito, porque sois grandes bodhisatvas. Devo respeitar-vos ! Podeis vir a ser grandes budas.
Quando estava prestes a morrer, o bodhisatva teve a visão de um magnífico buda celeste. Logrou nesse momento, um grande satóri (iluminação) e viveu ainda longos e numerosos anos.
Se respeitarmos este preceito: “Não criticar, não falar mal de ninguém”, nossa vida poderá prolongar-se, feliz, por muito tempo.”




“A NATUREZA DO BUDA

Um discípulo chamado Esshin levava sempre sua vaca consigo quando ia ouvir os ensinamentos do mestre.

Uma noite, ao voltarem de uma palestra sobre o Hoke Kyo (Sutra Lótus), a vaca, com o casco, escreveu na areia do caminho este tanka (poesia):

Esta noite ouvi dizer
Que até as ervas, até os bosques,
Podem ter o espírito do Buda.
Estou muito feliz
Pois tenho um espírito.

Qual a significação destas linhas ?

A vaca pensava que as plantas, as árvores não tinham espíritos. Ora, nessa noite ela entendeu que, embora não passasse de um animal, tinha um espírito.

“Portanto, possuo igualmente a natureza do Buda. Meu mestre ministrou-me hoje um ensinamento precioso, que posso compreender por meio desse espírito.

As árvores, as pedras, os bosques, todos os elementos do cosmo inteiro possuem a natureza do Buda.”

(pág. 98 da referida edição)


“A PEDRA PRECIOSA

O Sutra Lótus relata esta história:

Após longa ausência, dois amigos se reencontraram. Um estava rico, o outro era um vagabundo.

Juntos beberam o saquê dos reencontros.

Meio tocado, o vagabundo adormeceu na sala e o amigo, cheio de compaixão, antes de sair, introduziu-lhe no bolso um belíssimo diamante.

“Se o meu pobre amigo tiver dificuldades, poderá conseguir uma boa soma com a venda deste diamante”, pensou.

Ao despertar, contudo, o vagabundo não encontrou o tesouro. Continuou sua vida de pobre. Volvido um ano, quiseram as circunstâncias que eles tornassem a encontrar-se.

- Como? Por que estás tão pobre assim?
- Porque sou incapaz de ganhar dinheiro.

- Que grande imbecil me saíste – disse-lhe. – Não encontraste o tesouro que te enfiei no bolso?

Por isso mesmo, Keisan escreveu:

“Se eu vos der uma pedra preciosa, devolvei-ma depressa. Se o não fizerdes agora... quando podereis fazê-lo? Aqui e agora, tendes de achar a natureza da Buda”.

Certas pessoas dizem sempre:
- Depois... depois...
Por fim, entram no caixão e repetem:
- Depois ... depois...”

(pág. 122 do citado livro).



Lema do Budismo Primordial HBS:
“Oramos pela harmonia do universo, através da prática de virtudes, do aperfeiçoamento espiritual e da solidariedade dos seres”.
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24 Palavras Dármicas:
“Eu vos respeito profundamente, de maneira nenhuma vos desprezo. Isso justamente porque vós todos, ao praticardes o Caminho de Bossatsu (Bodhisatva), certamente atingireis a iluminação”.
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BUDISMO PRIMORDIAL HBS é um boletim mensal, artesanal, impresso e virtual no município do Rio de Janeiro. Honmon Butsuryu Shu é a mais antiga linhagem budista no Brasil. Chegou aqui em 1908, junto com os primeiros imigrantes japoneses. Nosso núcleo de expansão está ligado ao Templo Nyorenji, Curitiba, PR. Bispo Kyohaku Correia, nosso Mestre (Odoshi). www.budismo.com.br
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Se você quiser uma reunião de estudos, orações, prática de Odaimôku (recitação contínua do Mantra Sagrado NA MU MYOU HOU REN GUE KYOU) ou atendimento espiritual, em sua casa, no seu ntrabalho, escola, colégio, faculdade ou praça pública, por favor, avise-nos.
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Importante: Se você concordar pode tirar cópias e passar adiante. Obrigado !
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REUNIÕES PÚBLICAS: Toda quarta-feira, às 19:15 e no primeiro sábado de cada mês, às 16 horas. Av. Presidente Vargas, 509 sala 503 (próximo à Estação Uruguaiana do Metrô). Tel. 2222-1126. Visite-nos ! Seja bem-vindo(a).
Os boletins anteriores e informações sobre cujrsos e palestras estão no site: www.espacoyogananda.com

MENSALIDADE: Se possível, colabore com R$10,00 para manutenção da sala e dos anúncios veiculados na imprensa alternativa.

Progreamação visual: Levi Galvão – e-mail: levigalvao@hotmail.com – tel. 9869-7667.